Quase metade (49%) dos investidores apontam o medo de perder as atuais fontes de renda como forte motivo de estresse financeiro. Entre as pessoas que investem dinheiro em produtos financeiros, o percentual que relata impactos na saúde mental por conta do estresse financeiro é de 45%.
Os percentuais são altos, mas ainda menores do que na comparação com a população em geral.
Quase seis entre 10 brasileiros (56%) apontam o medo de perder as atuais fontes de renda como forte motivo de estresse financeiro, segundo a 7ª edição do Raio X do Investidor Brasileiro, pesquisa da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) realizada com o Datafolha.
Perguntadas sobre o quanto as preocupações com despesas, falta de dinheiro e não pagar as contas em dia são motivos de estresse, 52% das pessoas ouvidas deram notas entre 8 e 10, os maiores níveis da escala.
O estresse tem fundamento. O estudo mostra que 34% da população teve gastos maiores do que a renda em 2023. O percentual é mais acentuado entre as pessoas que declararam alto nível de estresse financeiro: 45% delas afirmaram ter gastado mais do que o dinheiro recebido no ano. Muitos possuem contas em atraso (62%) e se preocupam com a possibilidade de depender de amigos e familiares (57%) para manter as contas em dia.
As preocupações relacionadas ao dinheiro geram impactos na saúde mental, que afetam de maneira ainda mais acentuada as pessoas da classe D/E, com 62% (classe C tem representatividade de 53% e classe A de 40%). Na classe D/E, os impactos das finanças na saúde mental são maiores: 61% das pessoas desse estrato afirmam se sentir constantemente cobradas e sob pressão por seus gastos, 54% dizem não conseguir dormir de modo adequado com preocupações financeiras e 44% afirmam ter discórdias em casa por problemas financeiros
Apesar do alto nível de estresse, o estudo mostra que 85% dos brasileiros e brasileiras afirmam ter cuidado com as finanças e 74% dizem não gastar dinheiro com coisas supérfluas.