Nado Grimberg, de 'Cheias de Charme', se dedica às artes plásticas 12 anos após novela

"Não reconhecem mais. Já se passaram muitos anos e estou bem mais velho e mudado (risos)", conta ele, aos 48 anos, em entrevista à Quem. "Tenho uma escola de teatro há 30 anos e acho que a novela pode trazer novos alunos, além de mostrar para os atuais um pouco do trabalho do professor deles", almeja ele, que tem negociado franquias da escola por São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo.

Ele guarda boas recordações do período em que contracenava com Marcos Palmeira, que interpretava o malandro Sandro, patrão de Ruço na obra e idolatrado por ele. "Nos tornamos bons amigos na época. Era muito bom trabalhar com ele", ressalta ele, que na ocasião fez um laço de amizade que dura até os dias atuais com o argentino Pablo Bellini, que vivia o garanhão Alejandro.

Na época, além de gravar a novela, ele dava aulas de teatro e trabalhava na loja de ferragens que a família tinha. Atualmente, Nado se dedica a mais atividades ainda. Ele ministra aulas na Cia Teatral Arte Grimberg, está montando um estúdio de fotografia Fotos na Pose e se dedica aos trabalhos como artista plástico do atelier Pequenas Fábulas.

"Era muito complicado na época conciliar tudo, mas saí da loja e hoje tenho dedicação completa no curso de teatro. Mas ⁠estou abrindo um estúdio de fotografia e sou artista plástico. Comecei a fazer obras de arte na pandemia, como um passatempo, mas hoje virou coisa séria e está dando grandes frutos. Tenho obras expostas em diversos lugares e pandemias", diz ele, que tem uma de suas obras no domínio dos artistas Os Gêmeos.

Em relação à TV, Nado tem feito pequenas participações em novelas nos últimos anos. Ele afirma que não fechou as portas para as telinhas. "Sempre é bom fazer. Vontade de voltar nunca passa, mas minha dedicação à escola faz com que eu não corra tanto atrás de papéis", explica.

Questionado sobre a possibilidade de voltar a interpretar Ruço na aguardada versão de Cheias de Charme para o cinema, Nado diz que toparia, apesar de não acreditar que a história tenha o mesmo apelo que teve em 2012 por meio da novela.

"Toparia, mas acho que o tempo passou. Talvez não tivesse tanto sucesso quanto se tivessem feito logo após a novela, que foi um sucesso absurdo", explica.