/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_b0f0e84207c948ab8b8777be5a6a4395/internal_photos/bs/2024/w/Q/wdjB6LQXeXeZsrCpakBQ/joa-gilberto-frame2.jpg)
A jornalista e artista plástica Claudia Faissol, de 52 anos, mãe da filha caçula do cantor, violonista e compositor João Gilberto (1931 -- 2019), pediu à Justiça o reconhecimento da união estável entre os dois. As informações são da revista Veja. Segundo a publicação, Claudia afirmou à Justiça que foi companheira do pai da bossa nova entre 2006 e 2017. Quem entrou em contato, neste domingo (7), com Lorena Bethge Tolentino Bokelmann, advogada de Claudia, mas ela está viajando e pediu que a reportagem a procure novamente nesta segunda-feira (8). A matéria será atualizada assim que ela der o posicionamento da jornalista e detalhes sobre o andamento do caso.
Segundo informações da Veja, João Marcelo, primogênito do artista, trava uma briga pública com Claudia desde antes da morte do pai. Ele acusa a jornalista de se aproveitar do dinheiro do compositor e de controlar seu patrimônio. "Tomei a decisão de requerer a união estável para trazer a verdade dos fatos e não permitir que ninguém apague nossa história. Tive uma relação pública e contínua com o João, da qual nasceu nossa filha", afirmou Claudia à publicação.
No processo, Claudia anexou fotos e uma lista de testemunhas que comprovariam a união estável. Quando morreu, João Gilberto não tinha sequer um imóvel em seu nome, mas os direitos autorias de sua obra rendem milhões. O processo corre na 18ª Vara de Família do Rio de Janeiro.
Em 2022, a Justiça reconheceu, em caráter liminar, a união estável do cantor com outra mulher, a moçambicana Maria do Céu. Foi determinado que metade da herança seja reservada à moçambicana até o mérito ser julgado. O processo ainda corre também na 18ª Vara.
Ano passado, Bebel Gilberto, outra filha de João, reconheceu a união "para não prejudicar a obra do pai", de acordo com declaração da advogada da cantora ao Estadão. No acordo, Bebel e Maria do Céu "reconhecem reciprocamente o direito de cada uma a herdar no mínimo 25%" dos bens deixados pelo cantor. A moçambicana afirma que se relacionava com o artista desde o início dos anos 1980, quando veio morar no Brasil. Ela morava com João Gilberto quando ele morreu, em 2019. Dias antes da morte, inclusive, ela postou fotos com o companheiro em um restaurante.
Apesar do acordo de Bebel com Maria do Céu, os outros dois filhos de João, João Marcelo e Luísa Carolina, ainda não chegaram a acordo com as duas e nem entre eles. À Veja, Claudia negou que João Gilberto e Maria do Céu vivessem como casal. "Como alguém pode dizer que viveu com ele por mais de 30 anos se eu estava diariamente no apartamento do João por mais de uma década? Minha filha, que ia comigo, jamais viu a Maria do Céu", contou.
Em maio deste ano, Bebel foi indicada pela Justiça como inventariante do espólio do pai. Luísa, filha de Claudia e caçula do artista discorda da decisão. De acordo com Claudia, Bebel nunca permitiu que ela participasse das reuniões do espólio, embora tivesse procuração da filha.
