Você sente dificuldade de lembrar de nomes e acaba esquecendo de datas e fatos importantes? Ou então se pega deixando de fora informações relevantes ao fazer apresentações sobre a sua empresa? A neurociência pode te ajudar.
Estudos realizados por especialistas mostram como usar o cérebro de forma mais inteligente, fortalecendo a memória, o que ajuda em diferentes situações. Um artigo publicado no site Inc. lista materiais publicados em periódicos científicos conceituados.
Conheça cinco dicas para colocar em prática se quiser aprender mais rápido e melhorar a memória:
1. Estude coisas diferentes ao mesmo tempo
Existe uma linha de pensamento que acredita na intercalação de conceitos, ou seja, estudar temas relacionados ou novas habilidades em sequência, em vez de focar em apenas um objeto de estudo.
Uma teoria publicada no Educational Psychology Review (Revisão de Psicologia Educacional, em português) indica que intercalar aumenta a habilidade do cérebro para diferenciar conceitos e habilidades, enquanto o estudo de um único tema pode tornar a prática automática, por uma resposta do músculo cerebral.
Dessa forma, o processo aprofunda a absorção de conhecimento, por demandar maior atenção.
2. Varie a técnica para estudar
Não acredite que vai se tornar especialista em uma tarefa apenas porque a realiza repetidas vezes. De acordo com um estudo publicado na Johns Hopkins Medicine, praticar uma atividade de formas variadas te ajudará a “aprender melhor e mais rápido do que se fizer sempre do mesmo jeito repetidamente”.
A explicação é a reconsolidação, um processo que acontece quando as memórias são recordadas e modificadas com novo conhecimento adquirido.
Portanto, da próxima vez que tiver que fazer uma apresentação e precisar se preparar, esqueça a ideia de decorar os slides obsessivamente. Em vez disso, tente ensaiar as suas falas algumas vezes e descanse por algumas horas, dando tempo para a sua memória se consolidar. Retorne para a prática no dia seguinte, testando alternativas, como falar mais rápido e mais devagar. Depois, tente dividir a apresentação em partes menores, se aprofundando em alguns tópicos, ou então mude as condições da apresentação, forçando a sua memória a absorver novas informações.
3. Faça testes
É importante se testar para ter certeza de que está, de fato, aprendendo. Um estudo publicado na Psychological Science in the Public Interest (Ciência Psicológica de Interesse Público, em português) mostrou que essa é uma forma extremamente efetiva de acelerar o processo de aprendizagem.
Ao colocar o seu conhecimento a teste, você adiciona mais contexto ao tema. Quando responder errado, procure a resposta certa e esse movimento também ficará gravado na memória.
Ao fazer um pitch de vendas, teste o quanto você sabe sobre o assunto. Tente listar os quatro principais pontos da apresentação e se lembrar dos números mais importantes para um potencial cliente. Você vai ganhar mais confiança porque terá certeza de quanto conhecimento tem.
4. Pratique em voz alta
De acordo com uma pesquisa divulgada no Journal of Experimental Psychology: Learning, Memory and Cognition (Publicação de Psicologia Experimental: Aprendizagem, Memória e Cognição, em tradução livre), a fala é um “poderoso mecanismo para melhorar a memória sobre informações selecionadas” em comparação com a leitura e o pensamento. Segundo os pesquisadores, isso acontece porque o aprendizado e a memória se beneficiam de envolvimento ativo.
Portanto, ao praticar suas apresentações, fale em voz alta. Ou então, quando conhecer alguém, não repita o nome apenas na sua cabeça, encontre uma forma de dizer aquilo em voz alta, no meio da conversa. Isso aumentará as chances de se lembrar dele no futuro.
5. Durma
O sono é um fator essencial para a consolidação da memória. Não adianta se esforçar e praticar as outras técnicas, mas não descansar o cérebro. Um estudo publicado em 2016 na Pyschological Science mostrou que pessoas que estudam antes de deitar, dormem, e revisam o conteúdo pela manhã gastaram menos tempo estudando e aumentaram a retenção a longo termo em 50%.
Segundo especialistas, a melhor estratégia é dormir entre duas sessões de estudo, ajudando o cérebro a categorizar o que foi aprendido e facilitando o acesso às informações.