Tecnologia

Por Agência O Globo

A partir deste mês, os usuários brasileiros das redes sociais da Meta vão começar a ter acesso a uma assistente de inteligência artificial diretamente pelo Instagram, Facebook e WhatsApp. O robô, chamado de IA da Meta, é similar ao ChatGPT e outros sistemas de IA generativa: ele gera imagens e textos a partir de comandos dos usuários.

O sistema, já disponível nos EUA, teve seu lançamento adiado na Europa devido a questionamentos dos reguladores sobre o uso de postagens públicas dos usuários para treinar a IA. No Brasil, a Meta já começou a utilizar essas publicações para aprimorar o robô (é possível se opor ao uso de suas publicações. Veja como fazer aqui).

O objetivo da empresa é que o novo recurso funcione como uma espécie de assistente virtual integrado às suas redes sociais. A IA da Meta permitirá que os usuários façam buscas por locais e serviços, obtenham recomendações (de restaurantes ou de locais para uma viagem, por exemplo), obtenham explicações sobre diversos tópicos e criem imagens. Também será possível buscar informações atualizadas sobre diferentes temas.

Testes realizados pelo GLOBO mostraram que a acurácia das informações geradas pela IA podem variar, e que o sistema comete erros. A própria empresa alerta que as respostas podem "não ser precisas ou apropriadas".

A seguir, apresentamos uma sessão de perguntas e respostas para esclarecer os principais pontos da IA da Meta:

O que foi anunciado pela Meta?

A Meta revelou em setembro do ano passado, durante evento global, que iria lançar recursos de IA generativa em todas as suas redes sociais. O robô foi chamado de "IA da Meta" e, inicialmente, começou a rodar nos Estados Unidos. Em abril, o recurso foi aberto também para usuários da Austrália, Canadá, Gana, Jamaica, Malawi, Nova Zelândia, Nigéria, Paquistão, Cingapura, África do Sul, Uganda, Zâmbia e Zimbábue.

A empresa confirmou que o sistema vai chegar ao Brasil, em português, em julho. O anúncio da disponibilidade para usuários brasileiros foi feito pelo CEO e fundador da Meta, Mark Zuckerberg, durante evento da empresa em São Paulo, no início do mês passado.

O que será possível fazer com a IA?

O robô é alimentado pelo Llama 3, um modelo de linguagem avançado que é o "cérebro" por trás da assistente. Como outros sistemas de inteligência artificial generativa, ele responde a perguntas e cria conteúdos a partir de comandos feitos pelos usuários. "Com a IA da Meta na ponta dos seus dedos, você pode pesquisar tópicos, explorar interesses, obter conselhos práticos e aprender novos hobbies", afirma a empresa.

A IA também foi integrada aos "principais provedores de pesquisa" para fornecer informações atualizadas da internet. Nesses casos, as respostas são geradas com links que mostram de onde a inteligência artificial tirou as informações.

Como será o acesso da IA nas redes?

A IA da Meta vai estar acessível por meio de chats no Instagram, Facebook, WhatsApp e Messenger. A principal forma de acioná-la será pela barra de pesquisas das redes sociais (aquela usada para buscar conversas, contatos, ou perfis).

No caso do Facebook, o robô também vai aparecer nas publicações feitas no feed como um novo botão que, em inglês, é chamado de "Ask Meta AI" ("Pergunte a IA da Meta", em tradução livre). Ao clicar lá, uma aba de conversa é aberta com a assistente virtual. No Instagram, ela também poderá ser ativada em conversas entre usuários. Nesse caso, será possível "marcá-la" na conversa e fazer perguntas (em inglês, é preciso apenas digitar @MetaAI para isso acontecer).

Ela vai estar disponível pela web?

Sim. A Meta também criou uma versão em desktop do robô, em moldes bastantes similares aos do ChatGPT (com uma caixa de perguntas que permite a interação dos usuários). A versão web da IA da Meta vai estar disponível no site meta.ai.

Vai ser possível criar imagens?

Sim. A IA da Meta pode gerar imagens tanto na versão web quanto nos chats nas redes sociais. Além de fazer isso a partir de comandos simples (com pedido para que o chat crie uma imagem), a empresa também criou um recurso chamado "Imagine". Ele pode ser acionado pelo chat com o comando @Imagine. Nesse caso, a imagem não é enviada em uma versão pronta, mas é criada em tempo real, enquanto o usuário digita o comando.

Qual é a expectativa da Meta para o uso da IA no Brasil?

Em entrevista ao GLOBO, em junho, Conrado Leister, diretor geral da Meta no Brasil, afirmou que a expectativa da empresa é de que a IA seja usada como uma assistente para pesquisas. Ele também destacou que a IA se adapta aos usuários e gera respostas personalizadas. Entre os usos possíveis, citou a de buscar por restaurantes de uma forma mais específica ou de pesquisar informações sobre uma cidade, por exemplo.

Quando exatamente será o lançamento do sistema?

Questionada pelo GLOBO, a Meta não informou o dia exato para a chegada da IA ao Brasil, apenas que o lançamento ocorrerá em julho. Geralmente, a expansão de novos recursos nas redes da empresa acontece de forma gradual. Isso significa que a Meta libera as funcionalidades para grupos de usuários de maneira escalonada.

Dá para confiar no conteúdo gerado pela IA?

A confiabilidade varia. Testes feitos pelo GLOBO com usuários que já têm acesso à ferramenta mostraram que a IA acerta a maior parte das vezes, mas também comete erros e gera informações inconsistentes. A própria empresa, em seu site, alerta: "As respostas da IA da Meta podem não ser precisas ou apropriadas e não devem ser usadas para tomar decisões importantes".

Sobre a geração de imagens, a companhia também traz o aviso: "Dependendo do seu prompt (comando), as imagens geradas podem ir contra os Padrões da Comunidade, Diretrizes ou Termos de Serviço das plataformas da Meta".

Quais são as implicações do lançamento para a Meta e o mercado de IAs?

A expansão da assistente da Meta reflete a disputa entre as grandes empresas de tecnologia para atrair a atenção dos usuários com assistentes virtuais. Nesse campo, a Meta compete com empresas como OpenAI e Google, que também estão lançando e atualizando suas IAs para oferecer interações mais avançadas e personalizadas. No caso da Meta, um dos diferenciais é o alcance que sua IA vai ter, já que as redes da empresa são acessadas por bilhões de usuários.

Quais são as controvérsias da IA da Meta?

Para aperfeiçoar a IA, a Meta usa dados públicos compartilhados pelos usuários em suas redes sociais. Isso significa que vídeos, fotos e até legendas estão se tornando insumo para a empresa alimentar e treinar seus modelos de linguagem generativa. Na Europa, a empresa adiou o lançamento da ferramenta depois que reguladores do bloco questionaram o uso de dados para treinamento da IA. Especialistas também têm preocupações relacionadas à qualidade do conteúdo gerado pela inteligência artificial.

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