Aos 99 anos, dentista mais velho do mundo trabalha em clínica no Japão

O profissional, que foi reconhecido pelo Guinness no dia 12 de março de 2024, nasceu em 31 de outubro de 1924 na vila de Oshino, província de Yamanashi, no Japão. Com 15 anos, Watanabe se mudou para Tóquio para se tornar aprendiz em um consultório de odontologia e durante a noite frequentava a escola.

Durante a Segunda Guerra Mundial, em 1944, o dentista foi convocado para o serviço militar e isso o levou para a China, onde trabalhou como médico combatente. Um ano depois do fim da guerra, Watanabe retornou ao Japão e começou a trabalhar como técnico em prótese dentária.

Em 1947, o japonês ingressou na faculdade de odontologia e quatro anos depois foi aprovado em um exame nacional para se tornar dentista.

Depois de alguns anos trabalhando com outros dentistas, em 1953, o profissional voltou para sua cidade natal e abriu seu próprio consultório. A clínica dentária de Watanabe era a única de sua aldeia e, com isso, ele não teve dificuldades em encontrar clientela.

No passado, o próprio dentista produzia as dentaduras dos seus pacientes, pois não existiam laboratórios para fazer próteses dentárias. Sua família relembra que, muitas vezes, ele desaparecia depois do jantar para ir fabricar dentaduras até tarde.

O funcionamento de sua clínica era de segunda a sexta-feira, porém, quando Watanabe completou 92 anos, suas operações passaram a ser realizadas semanalmente somente no período da manhã.

O dentista tem uma família grande com cinco filhas, oito netos e quatro bisnetos. Em casa, ele gosta de passar o tempo no seu jardim, cultivando mirtilos, feijões e tomates. O japonês acredita que sua alimentação saudável contribui no prolongamento de sua vida.

Atualmente, o dentista não está trabalhando tão incansavelmente como no passado, mas ele relata que seus pacientes são o motivo que o fazem continuar. “Quando vejo meus pacientes felizes, sinto que vale a pena o que estou fazendo. Gostaria de contribuir com a comunidade enquanto tiver energia para permitir”, finaliza Watanabe.