Saúde

Por Redação Galileu

Um ensaio clínico publicado na revista Cancer nesta segunda-feira (8) mostrou que a dor de pacientes hospitalizados com câncer pode ser reduzida com a ajuda de uma sessão de realidade virtual (RV) de apenas 10 minutos.

A maioria das pessoas com câncer sente dores e os tratamentos envolvem normalmente o uso de medicamentos, como opioides. As sessões de RV emergem os indivíduos em um ambiente calmo e agradável, apresentando uma nova forma — não invasiva e sem o uso de fármacos — de diminuir o sofrimento em diferentes contextos clínicos.

Um total de 128 pacientes adultos hospitalizados com câncer (qualquer tipo de tumor) que sofriam de dores moderadas a intensas foram divididos em dois grupos diferentes: o primeiro fez 10 minutos de terapia de distração imersiva em realidade virtual e o segundo realizou durante o mesmo período uma terapia com imagens guiadas bidimensionais administradas por um tablet.

Os pesquisadores descobriram que as sessões de RV tiveram um impacto mais significativo na diminuição da dor do que as imagens bidimensionais, embora a intervenção com o tablet também tivesse diminuído o sofrimento dos pacientes.

Os participantes tiveram que pontuar o nível de diminuição de sua dor de 0 a 10. Os indivíduos do grupo de imagens guiadas relataram uma diminuição média de 0,7, enquanto o grupo de RV declarou uma queda média de 1,4 no grau de dor.

Após 24 horas da intervenção, os pacientes do grupo de RV relataram uma continuação da melhora da dor: agora essa havia diminuído 1,7 pontos. Em comparação, os participantes de imagens guiadas relataram uma queda de apenas 0,3 pontos em relação ao nível de dor de antes do teste.

Os pacientes que faziam parte da intervenção através da realidade virtual também relataram menor incômodo causado pela dor (independente da gravidade, o quanto ela os incomodava). Eles disseram ainda ter sentido melhoras no sofrimento geral.

“Os resultados deste ensaio sugerem que a RV imersiva pode ser uma estratégia não medicamentosa útil para melhorar a experiência da dor oncológica”, avalia Hunter Groninger, pesquisador da Universidade de Georgetown, nos Estados Unidos, que liderou o estudo, em comunicado.

O especialista acredita que talvez um dia pacientes com câncer recebam prescrição de uma terapia de RV para usar em casa junto de estratégias usuais de controle da dor oncológica, como analgésicos.

“Embora este estudo tenha sido conduzido entre pacientes hospitalizados, estudos futuros também devem avaliar as terapias de dor de RV em ambientes ambulatoriais e explorar o impacto de diferentes conteúdos de RV para melhorar diferentes tipos de dor relacionada ao câncer em diferentes populações de pacientes”, diz Groninger.

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