Não há como falar no modernismo brasileiro sem mencionar Tarsila do Amaral. Morta em 17 de janeiro de 1973, aos 86 anos, a pintora e desenhista oriunda de uma família da elite cafeeira brasileira se tornou um dos maiores nomes desse movimento artístico.
Nascida em 1º de setembro de 1886 em Capivari, interior de São Paulo, a artista fez seu primeiro quadro em 1904, enquanto finalizava a escola na Espanha. Ela começou aulas de pintura com o brasileiro Pedro Alexandrino por volta de 1917 e, dois anos mais tarde, foi estudar em Paris com o francês Émile Renard.
Nesse período, Tarsila conheceu Anita Malfatti, que a apresentou aos modernistas Oswald de Andrade, Mário de Andrade e Menotti Del Picchia. Juntos, eles formaram o Grupo dos Cinco e idealizaram a Semana de Arte Moderna, realizada no Teatro Municipal de São Paulo em 1922.
Tarsila, que não esteve presente no evento artístico, passou a criar quadros inspirados no cubismo europeu nessa época. Casou-se com Oswald de Andrade em 1926 e, dois anos depois, fez uma de suas pinturas mais famosas: “Abaporu”, que inaugurou o movimento antropofágico nas artes plásticas.
Em 1933, já separada de Oswald, a artista fez “Operários” e iniciou a fase social de sua obra, inspirada por uma visita à União Soviética. Ela seguiu pintando nas décadas seguintes, e chegou a ganhar a exposição comemorativa “Tarsila: 50 anos de Pintura” quase quatro anos antes de falecer na capital paulista.