No dia 29 de novembro de 1947, era aprovado o Plano de Partilha da Palestina, durante a Assembleia Geral das Nações Unidas presidida pelo diplomata brasileiro Oswaldo Aranha. A proposta fora apresentada pelo Comitê Especial das Nações Unidas sobre a Palestina (UNSCOP).
A ideia era criar dois Estados, um árabe e outro judeu, no território palestino. Naquele momento, a região deixava de ser dominada pelos britânicos e recebia cada vez mais imigrantes judeus, sobretudo da Europa. Outra possibilidade era formar um Estado único.
Na assembleia, 33 países votaram a favor de dividir o território em dois Estados, 13 contra e 10 se abstiveram. A cidade de Jerusalém seria considerada uma entidade separada, a ser governada por um regime internacional.
Mas não foi o que aconteceu. Em 1948, a Guerra Árabe-Israelense terminou com a proclamação de independência de um dos Estados como Israel e seu domínio da maior parte de Jerusalém. Com isso, mais da metade dos árabes palestinos foram expulsos do território.
Parte da área que seria do Estado árabe foi dominada por Egito e Jordânia. Em 1967, na Guerra dos Seis Dias, Israel tomou esses territórios — que são a Faixa de Gaza e a Cisjordânia. Como resultado, houve um segundo êxodo de palestinos, estimados em meio milhão de pessoas.