Quer Que Eu Desenhe?

Por Bernardo França

Ilustrador que assina a coluna "Quer Eu Desenhe?"

com Beatriz Herminio

No dia 29 de novembro de 1947, era aprovado o Plano de Partilha da Palestina, durante a Assembleia Geral das Nações Unidas presidida pelo diplomata brasileiro Oswaldo Aranha. A proposta fora apresentada pelo Comitê Especial das Nações Unidas sobre a Palestina (UNSCOP).

QQED - Plano Fracassado — Foto: Bernardo França
QQED - Plano Fracassado — Foto: Bernardo França

A ideia era criar dois Estados, um árabe e outro judeu, no território palestino. Naquele momento, a região deixava de ser dominada pelos britânicos e recebia cada vez mais imigrantes judeus, sobretudo da Europa. Outra possibilidade era formar um Estado único.

QQED - Plano Fracassado — Foto: Bernardo França
QQED - Plano Fracassado — Foto: Bernardo França

Na assembleia, 33 países votaram a favor de dividir o território em dois Estados, 13 contra e 10 se abstiveram. A cidade de Jerusalém seria considerada uma entidade separada, a ser governada por um regime internacional.

QQED - Plano Fracassado — Foto: Bernardo França
QQED - Plano Fracassado — Foto: Bernardo França

Mas não foi o que aconteceu. Em 1948, a Guerra Árabe-Israelense terminou com a proclamação de independência de um dos Estados como Israel e seu domínio da maior parte de Jerusalém. Com isso, mais da metade dos árabes palestinos foram expulsos do território.

QQED - Plano Fracassado — Foto: Bernardo França
QQED - Plano Fracassado — Foto: Bernardo França

Parte da área que seria do Estado árabe foi dominada por Egito e Jordânia. Em 1967, na Guerra dos Seis Dias, Israel tomou esses territórios — que são a Faixa de Gaza e a Cisjordânia. Como resultado, houve um segundo êxodo de palestinos, estimados em meio milhão de pessoas.

QQED - Plano Fracassado — Foto: Bernardo França
QQED - Plano Fracassado — Foto: Bernardo França
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