Séries

Por Redação Galileu

Na última quinta-feira (21), estreou na Netflix a série O Problema dos 3 Corpos, adaptação do primeiro livro da trilogia do autor chinês Cixin Liu. Publicada originalmente em 2008, a saga conta também com os títulos A Floresta Sombria (2008) e O Fim da Morte (2010).

A adaptação para o streaming foi produzida e escrita por David Benioff e D.B. Weiss (Game of Thrones) e Alexander Woo (The Terror: Infamy, True Blood). A série se inicia na década de 1960, durante a Revolução Cultural Chinesa. Cientistas e militares começam um projeto que envolve comunicação com possíveis vidas fora da Terra. O grupo consegue mandar um sinal extraterrestre que gera consequências 50 anos depois.

Segundo o trio de criadores, a ideia é que o público não dependa da leitura dos livros para ver a série. “Queremos fazer justiça aos livros e criar uma série que faça as pessoas se sentirem como nós nos sentimos quando lemos os livros”, relata Weiss, em comunicado enviado à imprensa.

Na trama, a Terra é misteriosamente invadida por alienígenas, que são originários de um lugar inóspito e veem condições favoráveis para se instalarem no planeta dos humanos. Com isso, a comunidade científica precisa investigar e entender o projeto que ocorreu anos antes, responsável por desencadear a invasão.

“Todo mundo já viu milhares de histórias de invasões alienígenas, mas esta é diferente porque o foco é nos seres humanos e na resposta humana quando descobrimos que não estamos sozinhos no universo e que os outros não são necessariamente amigáveis”, diz Benioff.

Para os autores, a tentativa de sobrevivência a situações extraordinárias tem muita relação com a atualidade. “Entre a mudança climática e a pandemia, conseguimos ver como as pessoas reagem de forma diferente às ameaças globais”, observa Weiss. “Em O Problema dos 3 Corpos, o espectro de reações é similar, e com certeza muitas pessoas vão se identificar.”

Cena da série O problema dos 3 corpos — Foto: Reprodução/Netflix
Cena da série O problema dos 3 corpos — Foto: Reprodução/Netflix

Qual a diferença entre o livro e a série?

A série se baseia no primeiro livro da trilogia, que tem o mesmo nome da produção audiovisual. Na tela, porém, os fatos são contados de maneira diferente. A ideia é que a obra adaptada tenha seu próprio sentido e originalidade. “A melhor maneira de fazer isso não é só pegar o conteúdo do livro e colocar na tela exatamente na mesma ordem e do mesmo jeito. Na verdade, isso raramente funciona”, pontua Weiss.

No início do processo criativo, os criadores da série entraram em contato com o autor do livro e receberam aprovação para adaptar a obra da forma que fosse necessário. De acordo com a Netflix, as principais alterações estão em mudanças da cronologia, ajustes nos personagens, expansões, adições e a ambientação da história dos dias atuais, principalmente em Oxford.

“É uma história sobre a humanidade e a luta das pessoas contra um mistério que parece impossível de solucionar e acaba se transformando em uma crise existencial”, diz Benioff. “Por isso, queríamos representar toda a humanidade, dentro do possível. Queríamos incluir pessoas do mundo todo.”

Elenco que interpreta os cientistas da série — Foto: Reprodução/Netflix
Elenco que interpreta os cientistas da série — Foto: Reprodução/Netflix

Isso se refletiu no elenco, que conta entre o time de atores com a mexicana Eiza González (Auggie Salazar), os britânicos Jovan Adepo (Saul Durand) e Benedict Wong (Da Shi) e a neozelandesa de origem chinesa Jess Hong (Jin Cheng).

“Selecionamos um elenco internacional e muito diverso para representar a ideia de que essa luta não é apenas de um país contra a ameaça dos alienígenas, é uma luta global pela sobrevivência”, destaca Benioff.

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