Quer Que Eu Desenhe?

Por Bernardo França

Ilustrador que assina a coluna "Quer Eu Desenhe?"

com Beatriz Herminio

Não há como falar no modernismo brasileiro sem mencionar Tarsila do Amaral. Morta em 17 de janeiro de 1973, aos 86 anos, a pintora e desenhista oriunda de uma família da elite cafeeira brasileira se tornou um dos maiores nomes desse movimento artístico.

QQED - Ícone do modernismo brasileiro — Foto: Bernardo França
QQED - Ícone do modernismo brasileiro — Foto: Bernardo França

Nascida em 1º de setembro de 1886 em Capivari, interior de São Paulo, a artista fez seu primeiro quadro em 1904, enquanto finalizava a escola na Espanha. Ela começou aulas de pintura com o brasileiro Pedro Alexandrino por volta de 1917 e, dois anos mais tarde, foi estudar em Paris com o francês Émile Renard.

QQED - Ícone do modernismo brasileiro — Foto: Bernardo França
QQED - Ícone do modernismo brasileiro — Foto: Bernardo França

Nesse período, Tarsila conheceu Anita Malfatti, que a apresentou aos modernistas Oswald de Andrade, Mário de Andrade e Menotti Del Picchia. Juntos, eles formaram o Grupo dos Cinco e idealizaram a Semana de Arte Moderna, realizada no Teatro Municipal de São Paulo em 1922.

QQED - Ícone do modernismo brasileiro — Foto: Bernardo França
QQED - Ícone do modernismo brasileiro — Foto: Bernardo França

Tarsila, que não esteve presente no evento artístico, passou a criar quadros inspirados no cubismo europeu nessa época. Casou-se com Oswald de Andrade em 1926 e, dois anos depois, fez uma de suas pinturas mais famosas: “Abaporu”, que inaugurou o movimento antropofágico nas artes plásticas.

QQED - Ícone do modernismo brasileiro — Foto: Bernardo França
QQED - Ícone do modernismo brasileiro — Foto: Bernardo França

Em 1933, já separada de Oswald, a artista fez “Operários” e iniciou a fase social de sua obra, inspirada por uma visita à União Soviética. Ela seguiu pintando nas décadas seguintes, e chegou a ganhar a exposição comemorativa “Tarsila: 50 anos de Pintura” quase quatro anos antes de falecer na capital paulista.

QQED - Ícone do modernismo brasileiro — Foto: Bernardo França
QQED - Ícone do modernismo brasileiro — Foto: Bernardo França
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