Espaço

Por Redação Galileu

A busca por um misterioso “planeta X” ou "planeta 9", que orbita o Sol além de Netuno, começou em 1906, mas hoje é considerada desacreditada. Apesar disso, astrônomos podem ter descoberto um possível astro com uma localização similar, nos confins do Sistema Solar.

Conforme os pesquisadores registraram em um estudo ainda não revisado por pares, disponibilizado no servidor de pré-impressão arXiv, o suposto planeta é “nômade” — o que significa que não orbita uma estrela.

Há 7% de chance de que esse astro semelhante a Netuno tenha vindo de outro sistema solar, capturado pela gravidade do Sol, tendo parado em algum lugar na nuvem de Oort, a região mais distante do nosso sistema.

Para chegar a essa conclusão, uma equipe pesquisadores simulou recentemente a mecânica celeste instável do Sistema Solar primitivo. O grupo descobriu ser possível que um corpo celeste — ou até mais — do tamanho de um planeta tenham parado na nuvem de Oort.

Conforme explica a Nasa, acredita-se que essa nuvem “seja uma concha esférica gigante envolvendo o resto do Sistema Solar” e contendo bilhões, ou mesmo trilhões, de objetos. “É como uma grande bolha de paredes grossas feita de pedaços de gelo de detritos espaciais do tamanho de montanhas e às vezes maiores”, descreve a agência espacial. Se os astrônomos estiverem certos, um astro semelhante ao muito procurado “planeta 9” pode estar nessa nuvem, embora ainda esteja muito longe para influenciar a órbita de Netuno.

A busca pelo “planeta 9” começou em 1906, lançada pelo astrônomo e empresário Percival Lowell. O especialista estava convencido de que o astro existia devido a supostas irregularidades observadas por ele nas órbitas de Netuno e Urano.

Sua crença acabou levando à descoberta de Plutão em 1930, embora os cientistas posteriormente tenham determinado que o planeta anão era muito pequeno para ter um impacto gravitacional na órbita de Netuno (sem falar na de Urano).

O novo estudo supõe que o planeta “nômade”, similar ao planeta 9, tenha vindo de pedaços de detritos enviados pela gravidade de uma nuvem de poeira protoplanetária há cerca de 4,5 bilhões de anos, quando o Sistema Solar ainda estava se formando.

Os detritos, aliás, formaram vários planetas “nômades” observados vagando em sistemas solares distantes. Segundo os pesquisadores, há cerca de 0,5% de chance de que um desses planetas rebeldes possa ter se formado em nosso próprio sistema e acabado na nuvem de Oort quando se afastou do Sol.

Por outro lado, os pesquisadores acham que é mais provável que a nuvem seja feita de uma coleção de objetos gelados muito menores. Dados o tamanho e a distância dessa formação, porém, talvez nunca se confirme se há lá mesmo um objeto parecido com o planeta 9.

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