Um peixe incomum atraiu curiosos na praia de Gearhart, no estado americano de Oregon, no último dia 3 de junho. Trata-se de um peixe-lua-de-capuz (Mola tecta), de aproximadamente 2,2 metros de comprimento.
Conforme o Aquário de Seaside, o peixe pode permanecer ali por semanas, uma vez que sua carcaça espessa dificulta sua perfuração por animais carniceiros. Ele estava dando o que falar entre os residentes de Gearhart.
"Inicialmente, esse peixe grande e de aparência estranha estava criando um grande rebuliço nas redes sociais e, embora estivesse uma tempestade, as pessoas estavam indo para a praia para ver esse peixe incomum", relata uma publicação feita pelo aquário no Facebook.
Em fotos compartilhadas na postagem, é possível observar o tamanho do peixe em comparação a uma caminhonete e a uma pessoa.
Segundo o Aquário de Seaside, a notícia sobre o animal chegou a Mariann Nyegaard, uma pesquisadora radicada na Nova Zelândia. A especialista entrou em contato com o aquário para ver se eles estariam dispostos a coletar amostras para estudo genético.
A equipe respondeu rapidamente, tirou mais fotografias, fez medições e coletou de tecidos. Através de fotografias, Nyegaard confirmou que se tratava de um peixe-lua-de-capuz e que este pode ser o maior exemplar já amostrado.
"As fotografias que ela viu indicavam que este poderia não ser um peixe-lua comum (Mola mola), mas uma espécie diferente com a qual ela estava muito familiarizada, o peixe-lua-de-capuz (Mola tecta). Foi através da sua investigação que [Nyegaard] descobriu e descreveu esta nova espécie de peixe-lua, que publicou em 2017", informa o aquário.
O Mola tecta foi avistado pela primeira vez em 2015 na Nova Zelândia. Em latim, tecta significa "escondido". Não por acaso, a espécie se esconde à vista das pessoas e acredita-se que já tenha sido vista no noroeste do Oceano Pacífico, apesar de seu habitat ser atribuído a águas temperadas do hemisfério sul.
Achatado, redondo e cinza, esse peixe apareceu também em 2019 na costa da Califórnia. Mais recentemente, surgiu lá de novo e depois no Alasca, o que desafia a teoria de que ele vive apenas no hemisfério sul, segundo o aquário.