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No início de janeiro, arqueólogos da Academia Nacional de Ciências da Ucrânia apresentaram no encontro anual do Instituto Arqueológico da América, nos EUA, os achados do estudo em um cemitério de mil anos a 80 quilômetros ao sul de Kiev, capital ucraniana.
Datado do século 11, o complexo arqueológico de Ostriv tem 107 covas, de acordo com o portal Live Science. A maioria tem caixões de madeira, conforme relatam os autores Vsevolod Ivakin e Vyacheslav Baranov.
Entre os mortos havia homens e mulheres. No local de enterro dos homens havia itens como machados, espadas e pontas de lança; já no das mulheres, foram encontrados curiosos colares feitos de corda no pescoço delas.
Segundo os autores, esses adornos seriam marcadores de classe social. De acordo com o Live Science, alguns mortos tinham ainda baldes de madeira em seus pés, o que pode ter sido parte de rituais funerários.
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Os arqueólogos encontraram também um altar de pedra, além de pulseiras, contas e restos de oferendas alimentares, como ossos de galinha e cascas de ovos. Alguns dos artefatos são semelhantes a itens encontrados no Báltico, indício de que essas pessoas podem ter migrado dessa região do Centro da Europa.
“A maioria dos artefatos de Ostriv são incomuns na Ucrânia, mas frequentemente encontrados na região do Báltico Oriental”, escrevem os autores em artigo publicado em 2022 no periódico Medieval Archaeology. “Isso sugere uma população multiétnica complexa, presumivelmente constituída por migrantes da região báltica e eslavos locais, e representa o exemplo mais oriental deste tipo.”
De acordo com o Live Science, as escavações foram interrompidas após a invasão da Ucrânia pela Rússia, em fevereiro de 2022.
