Cientistas reconstroem rosto de mulher nabateia que viveu no século I a.C

Hina, como é chamada a mulher, visto que a tumba onde ela foi encontrada possuía este nome inscrito em pedra, teve seus restos mortais identificados por arqueologistas no ano de 2008. Dada as boas condições do seu crânio, foi selecionada para um projeto de reconstrução facial, digital, que só foi concluído em 2019. Posteriormente, a reprodução digital serviu como base para a construção do modelo físico, feito em silicone com apoio de tecnologias de impressão 3D.

"O processo de restauração das características de "Hina" combinou precisão científica e desenvolvimento artístico contemporâneo, para assim expandir a compreensão sobre a civilização nabateia, que ainda oferece muitos segredos e histórias e lança luz sobre a história de Al-Ula", explicou a Dra. Helen McGauran, especialista em organização de exposições de patrimônios.

Segundo a Comissão Real para Al-Ula, cidade da Arábia Saudita onde foram encontrados os restos mortais, especialistas na civilização nabateia emitiram um arquivo introdutório, com fotos das roupas e joias de "Hina", para estabelecer limites científicos e dar instruções precisas e uma explicação detalhada para a reconstrução de seu rosto.

Desde o dia 6 de fevereiro, Hina pode ser vista e ter sua história conhecida por turistas e curiosos que visitam o Centro de Boas Vindas do sítio arqueológico de Hegra. Para Leila Chapman, especialista em experiências narrativas da Royal Commission para Al-Ula , os visitantes terão uma "experiência histórica" ao testemunhar “Hina” no local onde ela cresceu e viveu.