• Redação Galileu
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O semáforo de três cores que conhecemos hoje surgiu em 1917. (Foto: Wikimedia Commons)

O semáforo de três cores que conhecemos hoje surgiu em 1917. (Foto: Wikimedia Commons)

Em quase todo o mundo, há uma “língua” na qual nós somos fluentes: as cores do semáforo. Não importa onde estamos ou para onde vamos, sabemos que o vermelho indica parar, amarelo significa diminuir a velocidade e o verde, seguir em frente. Mas quem criou esse código e como ele se disseminou por todos os países?

Desde as civilizações romanas, mais de 2 mil anos atrás, o vermelho foi usado como sinônimo de “atenção!”. Em meados de 1830, a cor passou a indicar que os ferroviários ingleses deveriam parar os trens, enquanto o branco sinalizava que o maquinista poderia continuar o percurso.

Porém, um acidente fez com que a cor branca fosse retirada desse sistema. A lente do farol vermelho caiu em determinado trajeto, deixando somente a luz clara à mostra. Sem conseguir identificá-la, dois trens colidiram. A partir daí, o branco foi substituído pelo verde, mais visível.

Ainda no século 19, o grande fluxo de carruagens fez com que o semáforo dos ferroviários servisse de inspiração ao engenheiro John Peake Knight, que implantou um sistema parecido nas cidades. Um policial ficava manuseando os indicadores coloridos por meio de placas de dia e com sinais luminosos à noite, pois o sistema ainda não era automático e precisava ser mais rápido do que o dos trens. Não deu muito certo: o gás que alimentava o luminoso certa vez explodiu, ferindo o guarda que segurava o objeto.

Foi só em 1917 que o policial norte-americano e inventor Willian Potts implantou em Detroit o semáforo automático com as três cores que conhecemos hoje. Potts viu a necessidade de acrescentar o amarelo como “cuidado!”, porque percebeu que ao passar do verde para o vermelho não dava tempo suficiente de “frear” as carruagens.

E os daltônicos?
Quem não consegue diferenciar muito as cores distingue os comandos pela ordem, que é a mesma na maior parte do mundo: embaixo, onde fica o verde, indica que o motorista pode continuar seguindo o caminho; no meio, o amarelo, diminuir a velocidade; e o de cima, o vermelho, é hora de parar.