• thiago tanji
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 (Foto: Revista Galileu)

Mais que render fotos para o Instagram, os arco-íris são bons exemplos para estudar os efeitos físicos da luz. “O arco-íris possui infinitas cores, inclusive uma região invisível em que ondas não detectáveis por nossos olhos também são espalhadas”, afirma Mateus Ferreira, professor de física do Colégio Vértice. O sol emite ondas eletromagnéticas de todas as frequências, e a luz que enxergamos é uma pequena fração disso: a combinação de todas as ondas visíveis gera a sensação de luz branca, e as outras cores se originam a partir da diferença de frequência das ondas eletromagnéticas. Quando incide sobre uma gota d’água, a luz sofre um desvio, e cada cor se espalha de acordo com seu comprimento de onda. “A cor é uma sensação derivada de uma reação química induzida pela incidência de ondas eletromagnéticas, que gera um impulso em nossa retina e é interpretada por nosso cérebro”, diz Ferreira. Como a luz visível possui frequências que variam de 450 trilhões a 750 trilhões de hertz, qualquer onda com uma frequência entre esses limites está presente no arco-íris. Nossos olhos, porém, têm limitações de detecção, e não conseguimos diferenciar mais que 10 milhões de cores — um monitor comum de computador, por exemplo, produz 16 milhões de cores. “Outros animais possuem percepções diferentes de ondas eletromagnéticas, e um arco-íris é visto de maneira totalmente diferente por eles, que podem enxergar mais ou menos cores que nós”, afirma o professor.