• Redação Galileu
Atualizado em
Quem foi Rosane Kaingang, ativista indígena brasileira homenageada pelo Google (Foto: Facebook/ Moitara UnB)

Quem foi Rosane Kaingang, ativista indígena brasileira homenageada pelo Google (Foto: Facebook/ Moitara UnB)

Nesta sexta-feira (3), o Google usou o Doodle, logotipo comemorativo nas páginas iniciais da empresa, para homenagear a ativista da causa indígena Rosane Kaingang. Além da importante representação para os povos indígenas, Rosane desempenhou um papel fundamental para ajudar o Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) a investigar violações de direitos contra indígenas brasileiros.

Rosane era descendente dos Kaingang (ou caingangue), um dos mais numerosos povos indígenas do Brasil, localizados primordialmente no sul do país, nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Seu nome indígena era Kokoj, que significa beija-flor, e que lhe foi dado em homenagem a sua bisavó que morreu com 120 anos.

Foi na Conferência Rio-92, ocorrida há exatamente 30 anos, que Kaingang iniciou a sua luta pelos direitos indígenas. Pouco depois, fundou o Conselho Nacional das Mulheres Indígenas (Conami) e, durante os dois anos que ocupou o cargo de coordenadora geral de Desenvolvimento Comunitário na Funai, usou o seu trabalho para apoiar projetos de mulheres indígenas, incentivando a organização política dessas mulheres.

Doodle feito pelo Google em homenagem à Rosane Kaingang (Foto: Divulgação/ Google)

Doodle feito pelo Google em homenagem à Rosane Kaingang (Foto: Divulgação/ Google)

"Rosane Kaingang foi um exemplo de luta, de persistência, de dedicação, de amor à causa indígena. E com essa mesma coragem e força ela enfrentou um maldito câncer que a levou para junto de seus ancestrais", declarou a liderança indígena Sônia Guajajara, à época da morte de Rosane, em 2016.

Rosane também participou da fundação da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), em 2009, além de trabalhar na estruturação política da Articulação dos Povos Indígenas do Sul (Arpinsul). Durante toda a sua vida, Kaingang se dedicou à luta indígena, participando de dezenas de reuniões, seminários, audiências e mobilizações das delegações indígenas que iam até Brasília.