• Redação Galileu
Atualizado em
O Museu de Ciências Naturais da Carolina do Norte irá estudar o fóssil conhecido como Duelo de Dinossauros (Foto: Reprodução/duelingdinosaurs)

O Museu de Ciências Naturais da Carolina do Norte irá estudar o fóssil conhecido como Duelo de Dinossauros (Ilustração: Museu de Ciências Naturais da Carolina do Norte)

Em 2006, um caçador de fósseis chamado Clayton Phipps descobriu, nos Estados Unidos, um fóssil único com esqueletos de Triceratops e T. rex. Após tentativas de venda e leilão fracassadas, a peça, chamada de Duelo de Dinossauros, foi doada para o Museu de Ciências Naturais da Carolina do Norte, onde será finalmente estudada.

“É uma honra imensurável dar as boas-vindas a esses espécimes enquanto eles fixam residência permanente aqui no Museu”, disse, em comunicado, Jason Barron, presidente do Museu de Ciências Naturais dos Amigos da Carolina do Norte. "Esse é um achado singular, estamos extremamente gratos aos nossos apoiadores por tornar isso uma realidade e permitir que nossos visitantes vivenciem essa jornada conosco.”

A amostra inclui os melhores esqueletos preservados dessas espécies de dinossauros, enterrados juntos há 67 milhões de anos em um possível encontro de predador e presa. As carcaças ainda permanecem sepultadas dentro de sedimentos da encosta do estado de Montana, onde foram encontradas.

Devido a essas raras condições de sepultamento, cada osso está em sua posição natural e os cientistas terão acesso aos dados biológicos que normalmente são perdidos nos processos de escavação e preparação. O sedimento ainda preserva características extraordinárias, como contornos do corpo, impressões de pele e outros tecidos, bem como lesões e possíveis evidências de interação, como dentes do Tiranossauro embutidos no corpo doTriceratops. Isso proporcionará aos paleontólogos uma oportunidade única para pesquisa e educação enquanto realizam seus estudos.

O museu de ciências está, inclusive, planejando uma reforma no piso térreo para abrigar o fóssil. A construção, programada para começar em 2021, incluirá espaços de exibição de alta tecnologia, uma área onde os visitantes podem explorar as ferramentas e técnicas usadas por paleontólogos e um laboratório apelidado de SECU DinoLab, onde os cientistas irão pesquisar os espécimes ao vivo na frente do público. Esta instalação também contará com atualizações em vídeo para que o público, tanto no local quanto online, possa acompanhar ao vivo enquanto os paleontólogos trabalham para revelar e compartilhar suas descobertas sobre o Duelo de Dinossauros.

“Ainda não estudamos este espécime, é uma fronteira científica. A preservação é fenomenal e pretendemos usar todas as inovações tecnológicas disponíveis para revelar novas informações sobre a biologia do T. rex e do Triceratops. Este fóssil mudará para sempre nossa visão dos dois dinossauros favoritos do mundo”, disse Lindsay Zanno, chefe de paleontologia do Museu de Ciências Naturais da Carolina do Norte e professora associada da Universidade Estadual da Carolina do Norte. “A maneira como projetamos toda a experiência (convidando o público a acompanhar as descobertas científicas em tempo real e participar da pesquisa) estabelecerá um novo padrão para os museus.”