• Redação Galileu
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laboratório (Foto: Edward Jenner via Pexels)

laboratório (Foto: Edward Jenner via Pexels)

A Organização Mundial da Saúde (OMS) está preocupada com o baixo número de pesquisas referentes a novos medicamentos que combatam bactérias. De acordo com um comunicado lançado recentemente pelo órgão, o desenvolvimento de novos tratamentos antibacterianos é inadequado para lidar com a crescente ameaça de resistência aos antibióticos.

Segundo o último relatório anual da OMS, apenas 12 novos antibióticos foram aprovados desde 2017. Desses, 10 pertencem a classes já existentes no mercado.

“Há uma grande lacuna na descoberta de tratamentos antibacterianos e, mais ainda, na descoberta de tratamentos inovadores”, alerta Hanan Balkhy, diretora-geral assistente da OMS. “Isso representa um sério desafio para superar a crescente pandemia de resistência antimicrobiana e deixa cada um de nós cada vez mais vulnerável a infecções bacterianas, incluindo as infecções mais simples”.

A OMS cita quais são as principais barreiras para o desenvolvimento de novos produtos desse tipo: longo caminho para aprovação, alto custo e baixas taxas de sucesso. Segundo o órgão, um candidato a antibiótico leva de 10 a 15 anos para passar do estágio pré-clínico para o clínico. No cenário das classes existentes, apenas 1 em cada 15 medicamentos em desenvolvimento pré-clínico chegará aos pacientes. Em se tratando dos antibióticos de novas classes, o número é de 1 em cada 30.