• Redação Galileu
Atualizado em
Primeiro tratamento oral para alopecia areata é aprovado nos EUA (Foto: Towfiqu barbhuiya/Unsplash)

Primeiro tratamento oral para alopecia areata é aprovado nos EUA (Foto: Towfiqu barbhuiya/Unsplash)

A Food and Drug Administration (FDA), agência regulatória dos Estados Unidos, aprovou pela primeira vez, nesta segunda-feira (13), um comprimido para o tratamento da alopecia areata. A condição, que atinge também a atriz Jada Pinkett Smith, gera uma perda localizada de cabelo ou pelos em diversas áreas do corpo.






Chamado baricitinibe, o medicamento serve para tratar adultos com a forma grave da alopecia (também chamada de “calvície irregular”), embora o distúrbio também atinja crianças. É a primeira vez que a FDA aprova um tratamento sistêmico para o problema, isto é, que age em todo o corpo em vez de um local específico.

Em casos de alopecia areata, um processo inflamatório ataca os próprios folículos capilares, fazendo com que o cabelo caia, muitas vezes em tufos — e pode ser em vários locais, comocílios, sobrancelhas e até no nariz. O baricitinibe, que tem nome comercial Olumiant, é um inibidor do grupo de enzimas Janus quinase, e interfere na via que leva à inflamação.

Fabricado pela empresa farmacêutica norte-americana Eli Lilly, o fármaco foi testado em dois ensaios clínicos com 1,2 mil adultos que sofrem de quadro grave do distúrbio inflamatório, com pelo menos 50% de perda de cabelo no couro cabeludo em seis meses. Os participantes dos estudos foram divididos em três grupos: um recebeu 2 mg do medicamento por dia, outro tomou 4 mg e o último ingeriu apenas um placebo.

A eficácia dos ensaios é medida pela proporção de pacientes que atingiram pelo menos 80% de cobertura capilar do couro cabeludo após 36 semanas. No primeiro estudo, 184 participantes foram medicados com a dosagem mais baixa da droga e 281 indivíduos tomaram a dose mais alta. Uma taxa de 22% e 35%, respectivamente, recuperaram a cobertura adequada do cabelo, em comparação com 5% no grupo placebo, composto por 189 pessoas.






Já na segunda pesquisa, 156 voluntários tomaram 2 mg do fármaco e outras 234 ingeriram 4 mg. O resultado permitiu uma cobertura capilar adequada em 17% e 32% dos indivíduos, respectivamente, em comparação com 3% nos 156 pacientes que ingeriram o placebo.

De acordo com a FDA, o baricitinibe resultou em efeitos colaterais, sendo os mais comuns infecções do trato respiratório superior, dor de cabeça, acne e colesterol alto. O remédio já havia sido aprovado em 2018 para uso contra artrite reumatoide