• Redação Galileu
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Estudo relaciona tipos de sangue e riscos a mais de mil doenças (Foto: Karolina Grabowska/Pexels)

Estudo relaciona tipos de sangue e riscos a mais de mil doenças (Foto: Karolina Grabowska/Pexels)

Identificar quais pessoas têm predisposição a desenvolver determinadas doenças é bastante útil no campo da saúde. O mecanismo auxilia profissionais a entenderem a evolução de enfermidades e melhorar a detecção e o tratamento destinado aos pacientes. Por isso, pesquisadores suecos decidiram investigar qual é o papel do tipo sanguíneo nesse contexto.

O estudo foi publicado na última terça-feira (27), no periódico eLife, e confirma algumas conclusões de trabalhos anteriores, além de revelar novas informações. Com base nos dados de cinco milhões de habitantes da Suécia, especialistas analisaram as relações entre os tipos sanguíneos ABO, os grupos Rh positivo e Rh negativo e 1.217 doenças.

A pesquisa foi conduzida por profissionais do Instituto Karolinska e da Universidade de Lund e mostra que 49 enfermidades estão ligadas à classificação ABO, enquanto apenas uma está associada ao sistema Rh (que diz respeito à presença ou à ausência do antígeno D).

As descobertas indicam que indivíduos com sangue B têm menor risco de desenvolver pedras nos rins e que as mulheres Rh positivo são mais propensas a passarem pela hipertensão induzida pela gravidez.

Os resultados servem ainda para confirmar algumas constatações feitas por pesquisas anteriores, como a maior probabilidade de desenvolver coágulos sanguíneos no caso das pessoas com sangue tipo A. O estudo também mostra que indivíduos com sangue O podem estar mais sujeitos a problemas de sangramento e que as mulheres com esse tipo sanguíneo têm maior chance de apresentar hipertensão gestacional.

“Ainda há pouca informação disponível sobre a probabilidade de pessoas com Rh positivo e Rh negativo estarem sob maior risco de desenvolverem certas doenças, ou sobre quantas enfermidades são afetadas pelo tipo sanguíneo”, afirma, em nota, Torsten Dahlén, autor principal do estudo.

Diante desse cenário, os pesquisadores ressaltam que mais trabalhos são necessários para confirmar os novos resultados obtidos e para determinar com maior precisão como o tipo sanguíneo pode aumentar o risco de algumas doenças — ou se há alguma explicação alternativa para as relações observadas.