• Redação Galileu
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Pesquisadores descobrem que óleo de soja, geralmente usado na alimentação, causa mutação genética no hipotálamo (Foto: Reprodução/vix)

Pesquisadores descobrem que óleo de soja, geralmente usado na alimentação, causa mutação genética no hipotálamo (Foto: Reprodução/vix)

Pesquisadores da Universidade da Califórnia em Riverside, nos Estados Unidos, descobriram que óleo de soja, geralmente usado para cozinhar alimentos, pode causar mutações genéticas no cérebro. 

No estudo, publicado na revista Endocrinology, pesquisadores ofereceram a ratos três dietas diferentes, todas com alto teor de gordura: uma com óleo de soja regular, outra com óleo de soja modificado (com menos gordura) e uma terceira com base em óleo de coco. O resultado encontrado foi que vários genes nos ratos alimentados com óleo de soja não estavam funcionando corretamente. 

Os efeitos foram mais significativos no hipotálamo, região da massa cinzenta que regula diversos processos metabólicos do organismo. É ali, por exemplo, onde se produz a citocina, conhecida como o hormônio do amor por estar ligada ao desenvolvimento de empatia em relacionamentos. Nos ratinhos que comeram óleo de soja, houve uma diminuição da substância no cérebro.

No total, os cientistas constataram que cerca de 100 outros genes também foram afetados pela dieta com óleo de soja. O óleo que menos produziu mutações genética foi o de coco, de acordo com o estudo.

Os pesquisadores ressaltam que as descobertas se aplicam apenas ao óleo de soja, e não a outros produtos da leguminosa ou outros óleos vegetais. "Não jogue fora seu tofu, leite de soja, edamame ou molho de soja", diz Frances Sladek, um dos pesquisadores. "Muitos produtos de soja contêm pequenas quantidades de óleo e grandes quantidades de compostos saudáveis, como ácidos graxos e proteínas essenciais", afirma.

Também vale ponderar que a equipe ainda não desvendou quais substâncias químicas no óleo de soja são responsáveis ​​pelas alterações encontradas no hipotálamo – e nem se o mesmo acontece em humanos. Portanto, não é preciso excluir o alimento das suas preparações. Os especialistas acreditam que a pesquisa pode ser útil para desenvolver óleos alimentares mais saudáveis no futuro.