• Redação Galileu
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Frances H. Arnold, George P. Smith e Sir Gregory P. Winter, vencedores do Prêmio Nobel de Química (Foto: Divulgação)

Frances H. Arnold, George P. Smith e Sir Gregory P. Winter, vencedores do Prêmio Nobel de Química (Foto: Divulgação)

A norte-americana Frances H. Arnold, seu compatriota George P. Smith e o britânico Gregory P. Winter entraram definitivamente para a história da ciência ao serem anunciados como vencedores do Prêmio Nobel de Química 2018. Os cientistas foram laureados por realizar um trabalho inovador no estudo das proteínas e conseguir desenvolver evoluções genéticas dessas macromoléculas em laboratório. O anúncio foi realizado em Estocolmo, capital da Suécia, em solenidade organizada pela Academia Real das Ciências da Suécia.

Frances H. Arnold receberá metade do prêmio, equivalente a R$ 2 milhões, por ser a primeira pesquisadora que conseguiu realizar uma técnica de evolução artificial de enzimas — proteínas responsáveis por acelerar as reações químicas. Cientista do Instituto de Tecnologia da Califórnia, ela realiza esse trabalho desde 1993 e estuda como o desenvolvimento das enzimas pode ser aplicado, por exemplo, na fabricação de substâncias químicas menos poluentes. Arnold é a quinta mulher a vencer o Prêmio Nobel de Química na história.

George Smith, da Universidade do Missouri, e Gregory Winter, pesquisador do Laboratório de Biologia Molecular, dividirão a outra metade do prêmio. Os cientistas foram reconhecidos pelo trabalho de clonar peptídeos, nome dado às moléculas formadas pela ligação de dois ou mais aminoácidos (estruturas que formam as proteínas). O trabalho possibilitou inovações no estudo das Ciências Biológicas, com a criação artificial de anticorpos capazes de combater enfermidades que afetam o sistema imunológico ou que são responsáveis por alguns tipos de câncer. 

O anúncio dos vencedores foi realizado por Göran K. Hansson, secretário-geral da Academia Real das Ciências da Suécia. Em foto postada no Twitter, a conta oficial do Nobel exibiu o momento em que George P. Smith recebeu a tão aguardada ligação anunciando que ele era vencedor do prêmio. 

O trio se somará agora a nomes históricos da ciência como Ernest Rutherford (vencedor em 1908), Marie Curie (ganhadora em 1911), Carl Bosch (ganhador em 1931) e Linus Pauling (que recebeu o prêmio em 1954).

Nobel (Foto: Reprodução/Flickr)

Nobel (Foto: Reprodução/Flickr)

Na segunda-feira, 1º de outubro, o norte-americano James P. Allison e o japonês Tasuku Honjo receberam o Prêmio Nobel de Medicina 2018 pelos trabalhos que desenvolveram para o tratamento de câncer. Os estudos dos imunologistas levaram à criação de medicamentos que permitem ao sistema imunológico combater as células afetadas pelo câncer. Os tratamentos apresentaram resultados eficazes até em casos de câncer em estágio avançado.

Ontem, a Academia Real das Ciências da Suécia reconheceu o trabalho de Arthur Ashkin, Gérard Mourou e Donna Strickland, que receberam o Prêmio Nobel de Física por estudos inovadores na aplicação de lasers. 

Na próxima segunda-feira, 08 de outubro, será anunciado o vencedor da categoria de Ciências Econômicas.

O prêmio de Literatura foi adiado após umas série de denúncias contra Jean-Claude Arnault, marido de Katarina Frostenson, que faz parte da Academia Sueca. Na última segunda-feira, Arnault foi condenado pela Justiça da Suécia a dois anos de prisão por estupro: além de cometer esse crime, ele é acusado de vazar informações sobre o vencedor do Nobel de Literatura em pelo menos sete ocasiões.

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