• Jéssica Ferreira
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Sal: conheça as diferenças e semelhanças entre 6 tipos do tempero (Foto: Faran Raufi/Unsplash)

Sal: conheça as diferenças e semelhanças entre 6 tipos do tempero (Foto: Faran Raufi/Unsplash)

Vendido em moedores mais atraentes que os tradicionais sacos e em cores que variam do rosa ao preto, o sal ganhou novos nomes e status. Ele também saiu da cozinha e invadiu o mercado de beleza e de autocuidado: já é possível mergulhar em piscinas com sal em spas, que ajudam no tratamento de doenças como psoríase.

O sal é tido como vilão, mas também é essencial para nossa saúde: o consumo de até 5 gramas por dia é recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Essa quantidade garante a dose necessária de iodo para o funcionamento dos hormônios da tireoide, por exemplo.

Mas a fama de mau não é sem motivo: abusar do sal pode trazer consequências como pressão alta, câncer gástrico, doenças cardiovasculares e renais. Se você fica confuso sempre que vai ao mercado para reabastecer o saleiro, conheça as diferenças e similaridades entre alguns tipos de sal e lembre-se: use com moderação.

1. Sal refinado

O sal é retirado da água do mar e passa por vários processos, como refinamento e branqueamento, que causam a perda de minerais. Ao final, adiciona-se iodo à composição, a fim de prevenir o bócio (aumento da glândula tireoide). Com cerca de 390 miligramas de sódio por grama, é o mais usado na cozinha, e também o que tem menos nutrientes.

2. Sal marinho

Apesar de ter a mesma origem que o sal refinado, ele dispensa aditivos químicos e não passa pelos mesmos processos, o que faz com que mantenha uma quantidade maior de minerais. Pode ser achado em diversas cores, como preto, cinza e rosa, e em tamanhos diferentes. Geralmente é usado na finalização dos pratos e em churrascos.

3. Flor-de-sal

Esses pequenos cristais retirados à mão das superfícies de salinas são crocantes e viraram sinônimo de sofisticação. A cidade francesa Guérande foi uma das primeiras a produzir e mercantilizar a flor-de-sal, que dá o toque final a pratos mais refinados e não costuma ser usada durante o preparo das refeições.

Ela também é um tipo de sal marinho e contém dezenas de minerais na sua composição. Por ser importada, é um pouco mais cara e difícil de achar que o sal de mesa, mas pode ser utilizada em quantidades menores, pelo sabor mais marcante.

4. Sal rosa do Himalaia

O sal rosa do Himalaia é rico em ferro, cálcio e cobre (Foto: theresaharris10/Pixabay)

O sal rosa do Himalaia é rico em ferro, cálcio e cobre (Foto: theresaharris10/Pixabay)

A coloração rosada desse sal chama atenção, mas ele também se destaca por nutrientes como ferro, cálcio e cobre — são mais de 80 tipos de minerais. Com origem nas cadeias montanhosas do Himalaia e sem aditivos químicos, ele é mais saudável que o sal refinado, por conseguir manter traços da sua composição original.

Mas não se engane: assim como todos os outros sais, também tem uma quantidade de sódio que, se consumida acima do recomendado, pode ser prejudicial à saúde. E fique atento também a versões falsificadas — passe um pouco do tempero na água e, se o líquido sair colorido, é sinal de que o produto é sal grosso com corante.

5. Sal kosher

O tamanho do grão desse tipo de sal é bom para temperar carnes kosher (que obedecem à lei judaica), uma vez que ajuda a remover o sangue com mais rapidez. Não costuma ter adição de iodo e é pouco utilizado no Brasil. 

6. Sal líquido

Como o nome já indica, o sal líquido nada mais é que o sal diluído em água. Ele tem menos sódio, mas também salga menos o paladar. Além disso, possui uma quantidade menor de iodo que as versões tradicionais.