Reprodução assistida
 

Por Crescer online


Gabriela Nigretti, moradora da cidade de Milford, Connecticut (EUA), sempre quis ser mãe. E não demorou para dar início às tentativas para engravidar após seu casamento, em 2017, quando estava com 25 anos. Infelizmente, a jornada dela até a maternidade não foi nada fácil e apenas cinco anos depois, em 2022, é que ela pôde, enfim, comemorar um teste de gravidez positivo. Durante todo esse período, ela enfrentou uma longa batalha contra a infertilidade, incluindo gordofobia e médicos nada atenciosos. Quando finalmente inicou um tratamento de reprodução assistida, ela decidiu revelar seu processo de fertilização in vitro nas redes sociais, como estivesse anunciando a gravidez. "Eu queria oferecer esperança para os outros e ajudá-los a se sentirem menos sozinhos. Eu esperava que eles pudessem aprender comigo, mostrando que estar acima do peso não é um diagnóstico de infertilidade. Se pelo menos uma pessoa aprendesse alguma coisa, eu me sentiria um sucesso", declarou em depoimento ao portal Today.com.

Gabriela Nigretti fez um anúncio de sua fertilizaçõ in vitro nas redes sociais — Foto: Reprodução/Instagram
Gabriela Nigretti fez um anúncio de sua fertilizaçõ in vitro nas redes sociais — Foto: Reprodução/Instagram

Confira, abaixo, o relato completo de Gabriela:

“Logo após meu casamento em 2017, meu marido e eu começamos a tentar ter um filho. Sempre achei que fui feita para ser mãe. Quando começamos, eu tinha 25 anos. Entendi que não iria engravidar na primeira tentativa, mas não esperava que isso levasse meses ou anos.

Depois de tentar por um tempo, procurei meu obstetra e um especialista em fertilidade. Ambos recomendaram que eu perdesse peso para que meu índice de massa corporal (IMC) diminuísse. Os médicos ofereceram conselhos genéricos sobre perda de peso, como cortar carboidratos ou se exercitar mais. Isso foi frustrante. Eu já estava malhando cinco dias por semana e tinha focado em uma alimentação saudável. Eu estava literalmente fazendo tudo o que podia naquele momento para engravidar e não estava funcionando. Foi por isso que visitei os médicos, e a falta de conselhos ou cuidados com a fertilidade foi decepcionante.

Finalmente, troquei de especialista e me consultei com um novo obstetra em 2020. Pedi um check-up completo para ver se meus hormônios revelavam alguma informação útil. O teste mostrou que eu tinha baixos níveis de hormônio antimülleriano (AMH), o que significava que eu tinha uma reserva ovariana baixa. Finalmente, pensei que isso me daria a assistência de fertilidade que eu tanto queria. Mas aquele médico pediu que eu esperasse mais seis meses para ver se poderia engravidar antes de recomendar um especialista em fertilidade. Frustrada, eu mesma fui atrás de um médico especializado no assunto.

Durante meses, os médicos fizeram exames em meu marido e em mim para determinar por que eu não engravidava. A única coisa que continuava aparecendo [nos resultados] eram meus baixos níveis de AMH - e meu peso. O médico de fertilidade recomendou que eu procurasse um endocrinologista, que descobriu que não havia razão para eu não engravidar além dos baixos níveis de AMH.

Vasculhei o TikTok em busca de conselhos e histórias de sucesso, quando ouvi falar de um centro de fertilidade que custava menos do que o que eu vinha encontrando. Eu os visitei e o médico queria retirar os óvulos. Eu estava emocionada! Este médico realmente me ouviu e queria que eu iniciasse minha jornada de reprodução assistida. Em julho de 2021, comecei a fertilização in vitro (FIV).

Eu queria compartilhar minha experiência para ajudar outras pessoas e comecei a compartilhar nas redes sociais. Então, anunciei minha FIV como se estivesse anunciando uma gravidez. Suspeitei que, se eu tinha enfrentado tantos conselhos tóxicos sobre perda de peso e dieta, não deveria estar sozinha. Eu queria ajudar as pessoas a se sentirem menos isoladas do que eu.

Por muito tempo, eu me culpei por meu peso estar me impedindo de realizar meus sonhos. Lembro-me de chorar com o meu marido, lamentando por ter feito isso comigo mesma e, por isso, não poderíamos ter filhos. Os médicos presumiram que eu tinha síndrome do ovário policístico e diabetes tipo 2, e um deles chegou a me dizer: “Você é tão grande” (Eu não tinha nenhuma dessas condições). Fiquei desanimada porque todos culpavam meu peso, quando era um problema hormonal que eles poderiam ter descoberto se me ouvissem. Eu não queria que outros passassem por isso, então compartilhei a minha história. Eu queria oferecer esperança para os outros e ajudá-los a se sentirem menos sozinhos. Eu esperava que eles pudessem aprender comigo, mostrando que estar acima do peso não é um diagnóstico de infertilidade. Se pelo menos uma pessoa aprendesse alguma coisa, eu me sentiria um sucesso.

Eu também queria comemorar a alegria que senti por finalmente passar pela fertilização in vitro. Quando o médico me disse que eu era uma ótima candidata à FIV, eu me senti validada e animada. Fiquei grata pela ciência ter me dado a opção de ter um bebê. Passei pela transferência de embriões em julho e em setembro de 2021, e compartilhei com meus seguidores.

No final das contas, nenhuma dessas rodadas de FIV resultou em gravidez e eu precisava fazer uma pausa. Eu senti como se tivesse lutado muito por tanto tempo apenas para acabar sem um bebê. Depois de algum tempo para me curar, comecei a tomar um medicamento que ajuda a aumentar a ovulação. Achei que, se isso não funcionasse, começaria outra FIV no ano novo. De outubro a março de 2022, não sabia como gastar meu tempo. Depois de cinco anos testando a ovulação, fazendo exames de sangue, pesquisando médicos, eu não estava participando de nada disso.

Surpreendentemente, em 24 de março de 2022, descobri que estava grávida. Claro, eu compartilhei minha gravidez nas redes sociais, incluindo o parto do meu filho, Michael, então com 27 semanas de gestação, por causa de um descolamento prematuro da placenta.

Se tentarmos ter outro bebê e eu precisar fazer FIV, anunciarei como uma gravidez novamente. Permitiu-me conhecer tantas pessoas na comunidade de infertilidade que costumamos dizer que é o pior clube com os melhores membros. Sentir o amor e o apoio deles tem sido tão genuíno e tornou os altos e baixos da infertilidade mais fáceis de lidar e permitiu que eu me tornasse uma defensora melhor de mim mesma."

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