Na maioria dos países, a idade legal para o consumo de bebidas alcoólicas é de 18 anos ou mais, e é geralmente ilegal vender álcool para menores de idade. No entanto, surge a questão sobre bebidas que imitam o sabor de álcool e estimulam ao hábito, mesmo sem conter o componente alcoólico. Recentemente, a mãe Carrie foi buscar sua filha de 13 anos em uma festa de uma amiga e ficou chocada - não porque sua filha tivesse bebido como menor de idade (ela não havia bebido) - mas porque serviram prosecco não alcoólico para as crianças em uma festa do pijama.
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Embora não seja ilegal que menores consumam alternativas não alcoólicas, Carrie disse que “não lhe pareceu certo” que algo destinado a imitar o sabor e a experiência do álcool fosse oferecido às crianças. Indo ao fórum online Mumsnet , ela explicou que sua filha compareceu à festa do pijama com outras 12 meninas de sua turma do oitavo ano. “Quando fui buscá-la às 9h30 da manhã, ela me disse que a mãe tinha comprado prosecco sem álcool para eles. Ela disse que tinha tentado, mas era horrível, então discretamente deixou sobre a mesa", disse.
Ela disse que ficou pensando que não era certo dar às crianças prosecco, mesmo sendo sem álcool. Carrie então menciona que é filha de um alcoólatra, então pode ser mais desencadeada por esta situação do que outros pais. “Não tenho certeza se estou exagerando”, ela conclui, antes de lançar a opinião do grupo.
A seção de comentários estava cheia de mães garantindo-lhe que suas preocupações eram justificadas. “Introdução inicial à cultura do vinho tóxico está errado”, afirmou uma pessoa. “Eu ficaria muito irritada com isso. Você está coberta de razão!
Outros discordaram do fato de a mãe da aniversariante não ter verificado com ela primeiro, antes de servir o espumante. “Quando recebemos filhos, sempre mando uma mensagem ou menciono aos pais o que eles vão comer”, compartilhou uma mãe.
Outra pessoa ofereceu uma perspectiva diferente, dizendo que provavelmente era mais sobre a mãe “querer parecer legal” do que os pré-adolescentes realmente expressando interesse em fingir beber. “Ela queria muito ser uma mãe legal”, disseram eles. “Isso não me agradaria. Não se trata apenas de não ter álcool, é toda a cultura em torno do álcool, e é por isso que você precisa de identidade para comprá-lo e as crianças não podem comprá-lo”, concluiu outra pessoa.
Por outro lado, alguns comentaristas não conseguiram ver o problema. “Estou surpreso com quantas pessoas ficariam chateadas com isso. E se eles preparassem e bebessem cocktails?, um usuário perguntou. “Eu pessoalmente não teria ficado tão incomodado. Não tem álcool, era uma festa de aniversário e a mãe provavelmente ficou animada em ver as meninas se divertindo”, sugeriu outro. “Se tivesse álcool, eu não teria gostado.”
Afinal, bebida sem álcool, como cerveja e prosecco, podem?
"A bebida alcóolica só deve ser liberada após os 18 anos de idade, pois o cérebro se desenvolve até os 21. Já a bebida não alcóolica é um incentivo para a bebida alcóolica. Se for estimulada para as crianças ou jovens, as chances de eles iniciarem o consumo muito cedo é grande. Por isso, não se deve influenciar nenhuma bebida semelhante antes dos 18 ou 21 anos", alertou o pediatra João Paulo Lotufu, presidente Núcleo de Estudo de combate ao uso de drogas por crianças e adolescentes da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP). "Os pais são importantes exemplos para os filhos. Se eles bebem, há grandes chances de os filhos beberem", completou.
