• Juliana Malacarne
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O perigo do álcool na gravidez (Foto: ThinkStock)

Bebidas alcóolicas devem ser abolidas durante a gravidez (e amamentação, claro!). E um novo estudo,do  Instituto Murdoch Children em Victoria, na Austrália, reforça essa informação ao mostrar que pequenas quantidades de álcool podem causar mudanças sutis na maneira com que o rosto do bebê se desenvolve.

As modificações faciais encontradas nos bebês de mulheres que consumiram menos de 7 drinques por semana e até duas doses por vez foram similares. Mas, claro, muito mais brandas do que as características da Síndrome Alcóolica Fetal (SAF), que ocorre por causa da interferência da substância na formação cerebral. “As alterações no rosto possíveis de observar em casos de SAF são fissuras palpebrais pequenas, nariz curto e lábio superior fino”, explica Marcio Sakita, coordenador de Obstetrícia do Hospital da Luz (SP).

Para descobrir como pequenas quantidades de álcool afetam o desenvolvimento fetal, os pesquisadores australianos acompanharam 1.570 mulheres durante a gestação e o parto. Dessas, 27% afirmaram ter consumido pelo menos um pouco de álcool durante a gravidez. Quando os bebês completaram 1 ano, a equipe tirou fotos do rosto dos pequenos de diversos ângulos e, analisando as imagens, conseguiram perceber as diferenças faciais.

Nos casos de SAF, além das mudanças na face, pode haver alterações congênitas, anomalias do sistema nervoso central, retardo no crescimento, prejuízos no desenvolvimento cognitivo e comportamental, baixo peso no nascimento, parto prematuro, óbito fetal, microcefalia, alterações na visão e na audição, distúrbios comportamentais e convulsões.