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Por Sabrina Ongaratto


Lua ainda não completou dois meses de vida, mas sua mãe, a influenciadora digital Viih Tube, de 22 anos, já está causando uma revolução nas redes sociais quando se trata de maternidade. Desde a gravidez, Viih decidiu mostrar, sem filtros ou hesitação, as mudanças reais que a chegada de um bebê provoca no corpo de uma mulher. "Não foi algo planejado", afirmou ela. "Meu propósito é exatamente esse: fazer com que as mães que me seguem tenham uma gravidez e maternidade mais leves, se sintam representadas e saibam que não estão sozinhas", completou.

Em entrevista exclusiva à CRESCER, ela falou sobre as expectativas em relação a maternidade, os novos planos com o companheiro, o também ex-BBB Eliezer, o dia a dia com a pequena e, claro, as transformações em relação ao corpo — em que é categórica: "Estou totalmente desprendida, meu corpo passou por uma mudança, passou por um momento muito especial, virou um ninho da minha filha, e ele não vai mais voltar a ser como antigamente".

Viih Tube com a filha Lua — Foto: @trumpas_
Viih Tube com a filha Lua — Foto: @trumpas_

CRESCER: As transformações da maternidade começam já na gestação, com mudanças físicas e mentais. Como foi para você?
Viih Tube: A minha gestação foi muito gostosa, regada de muita calma e amor. Eu aproveitei cada minutinho. Os momentos de maior mudança foi o comecinho e o finalzinho. O começo foi de mudanças mentais, psicológicas mesmo. Como não podia contar ainda para as pessoas que eu estava grávida — por segurança, pois eu não queria ter isso violado ou que vazasse de alguma forma, então contei só para o Eli e para a minha mãe —, então, os trabalhos que eu fazia já grávida, passava mal, mas não podia contar o motivo. Aquilo, para a minha cabeça — e ainda tem os hormônios —, foi um pouco difícil. Mas depois que eu contei, vieram os parabéns, aquela energia gostosa das pessoas, a recepção e tudo ficou mais fácil. No finalzinho, a maior mudança foi na parte física. Comecei a sentir muitas dores por causa da barriga que já estava bem grande, senti dores na púbis, nas costas, na lombar... mas também durou pouco tempo. Foram poucas semanas e ela já nasceu. Mas, em geral, foi uma gravidez muito gostosa e tranquila, gostei demais de estar grávida.

C: Desde a gravidez, você fez questão de mostrar as transformações no corpo. Por que?
VT: Para ser bem honesta, eu não sei dizer porque decidi expor isso. Foi muito orgânico da minha parte. Não foi algo que eu planejei, eu só achei que era algo legal porque eu nunca tinha visto alguém mostrar, e eu achava legal que as mães vissem o que acontecia comigo porque eu sei que com outras mães também acontece. E, no final, tomou uma proporção que eu não esperava — de verdade. Eu fiquei muito feliz porque senti como se meu propósito tivesse sido concluído, uma espécie de "meta concluída". Meu propósito é esse: fazer com que as mães que me acompanham tenham uma gestação, uma maternidade mais leve, se sintam representadas e não se sintam sozinhas. Isso faz com que meu conteúdo tenha um propósito. Eu fico muito feliz quando faço algo com uma mensagem importante. Então, foi muito especial para mim quando as mães começaram a mandar mensagens dizendo que amaram o fato de que ter mostrado o meu corpo sem sentir vergonha, sem medo. Para mim, realmente foi algo natural.

C: A repercussão realmente foi muito grande...
VT: Eu nunca imaginei viver uma fase assim. Eu sempre tento me reinventar na internet, fazer algo diferente, mas nunca imaginei viver essa fase tão intensa e gostosa. A repercussão dos seguidores tem sido muito maior do que eu esperava. Eu nunca imaginei que seria tanta gente ou tão grande assim... eu estou muito feliz. 99% são só elogios — e isso, pra mim, é muito novo, é muito gostoso, eu estou muito grata. Eu agradeço à Deus todos os dias por estar vivendo esse momento, pois eu sei que, na internet, as fases passam, os momentos passam.

C: O corpo da mulher muda após a gestação e existe uma cobrança social para ela volte à forma antiga. Você passou por isso?
VT: Eu acredito que não tive essa cobrança em relação a forma antiga porque já preguei tanto na internet que isso não vai acontecer, que as pessoas não me pressionam — nem amigos, nem família, nem seguidores. Eles já entenderam que eu estou totalmente desprendida, meu corpo passou por uma mudança, passou por um momento muito especial, virou um ninho da minha filha, e ele não vai mais voltar a ser como antigamente. Eu posso até voltar ao peso que eu tinha, posso até voltar a ter algumas coisas do meu corpo antigo, mas voltar completamente ao corpo que era, não. Ele passou por uma mudança eterna, querendo ou não, a maternidade deixa traços, deixa marcas e está tudo bem. Eu vivi isso — e que bom que eu vivi isso, pois me deu minha filha! Então, as pessoas acabam não me pressionando. Mas eu sei que é a questão para muitas mães, que são pressionadas pelas avós, por parentes, amigas, e ouvem "Você não vai emagrecer?" ou "Seu corpo não vai voltar ao que era?". Eu me preocupo com a minha saúde — logo quero começar os treinos para cuidar da diástase, mas não para recuperar meu corpo antigo. Eu desprendi disso porque faz mal até para a gente.

Viih Tube, 22 — Foto: @trumpas_
Viih Tube, 22 — Foto: @trumpas_

C: Você tinha expectativas em relação ao parto? Como foi na prática?
VT: Eu tinha muitas expectativas em relação ao parto, queria muito um parto normal. Para isso, eu fiz fisioterapia pélvica, treinei bastante no pilates diversas posições, fiz acupuntura para tentar virar o meu bebê, fiz muitas coisas que achava seguro para tentar virá-la, pois Lua estava pélvica durante praticamente toda a gravidez pélvica, e ela não virou — até falei falei sobre isso no meu relato de parto para que as mamães não se cobrem, não idealizem um parto perfeito. Sonhar com o parto é muito gostoso, mas é importante ter em mente que podem acontecer mudanças e que você pode passar por algo que não está esperando. Então, acabou que não foi um parto normal, foi uma cesárea. Eu cheguei a entrar no hospital com sinais de trabalho de parto, comecei a ter contrações, sem ser a parte ativa das contrações — o que já me deixou muito feliz porque eu soube que ela estava querendo vir, ela estava querendo sair. Mas confesso que, no início, eu me cobrei muito, fiquei triste, eu queria viver o parto normal, mas depois vi que ela estava com saúde, em segurança e eu estava com a minha família. Então, o parto perfeito é o parto seguro, é o parto com amor, e no final do parto, eu recebi a minha filha.

C: Os primeiros dias/meses de um bebê exigem muito dos pais, principalmente da mãe. Como tem sido para você?
VT: Os primeiros quinze dias, eu diria, foram os mais conturbados psicologicamente. Eu me culpava demais — acho que o baby blues me atacou aí. Eu me culpava até pelo fato de meus cachorros perderem atenção. Eu sentia culpa pela minha produção de leite estar baixa, eu sentia culpa porque eu sentia muita dor para amamentar e quando ela queria mamar, eu chorava junto com ela de dor... São muitas culpas no começo e eu sou mãe de primeira viagem, então foi algo muito novo pra mim. Me senti muito assustada, para ser honesta. Mas é tudo muito gradativo, depois você vai conhecendo sua filha, vai vendo do que ela gosta, as coisas vão ficando mais leves. Costumo dizer que o amor é desde o primeiro dia, mas essa coisa de instinto não aconteceu comigo logo de cara, sabe? Aquele instinto de 'Ah, nasceu, eu sei fazer tudo', não foi assim. Foi muito gradativo. Hoje, sim, eu sei tudo. Hoje eu conheço a minha filha de cima à baixo. E já posso admitir que vou sentir muita saudade lá na frente dessa fase dela bebê, pequenininha, que cabe nos meus braços e o olho no olho amamentando. Então, estou curtindo cada dia como se fosse o último mesmo.

C: Como tem sido essa experiência da amamentação?
VT: Amamentar não é fácil. Minha experiência com a amamentação foi difícil porque eu tive muitas fissuras pelo fato de meu bico ser plano. Ela também nasceu com o freio da língua, então juntou uma coisa com a outra. Ela fez a frenectomia, passou por um a fonoaudióloga, mesmo assim, ainda tinha muita dificuldade para sugar, não tinha força na língua por conta do freio, que era muito extenso, e minha produção de leite não aumentava... Até hoje ainda uso uma sonda, eu ordenho meu leite, coloco uma sonda e, se precisar, complemento com formula. Então, claro que também me cobrei muito — meu maior sonho era amamentar e eu sabia que tinha riscos de não conseguir porque já fiz uma cirurgia no seio e fiquei seis meses com um ponto de três centímetros aberto. Eu tinha consciência de que poderia ter prejudicado os meus dutos e eu poderia não conseguir amamentar muito bem, mas só de sair o leite, eu já fico muito feliz. E eu me esforço muito, fiz um protocolo extenso de ordenhas e de chás — e tudo o que tinha direito — e ela está conseguindo mamar bastante meu leite. Vou até aonde eu aguentar com a sonda. Ainda tenho a intenção de tirar [a sonda], pois, ela foi feita para colocar e tirar, mas ainda não consegui, e eu prefiro continuar com a sonda do que ir para a mamadeira. O contato dela com a minha pele, o cheiro do meu leite... sei que tudo é muito importante para mim, para ela e para a nossa conexão.

C: Vocês decidiram não ter babá quando ela nasceu. Como tem sido?
VT: De início, sim, nós decidimos não ter babá exatamente porque eu nunca fui mãe. Eu fiz cursos para ter o conhecimento, para ter a informação, mas eu não sabia como era na prática. Então, eu quis viver sozinha, com o Eli, para aprender mesmo. Não que com uma babá eu não fosse aprender, mas ela está ali para você delegar algumas funções, e eu não queria delegar. Foi uma escolha minha. Então, eu quis aprender tudo para, agora, quando ela estiver completando quase três meses, já começar a conhecer babás, alguém que eu confie bastante, e passar para ela a forma que eu gostei de fazer com a minha filha, e ter alguém para ajudar sempre. Eu acabei de abrir uma empresa, eu acabei de virar minha própria empresária, então é muito trabalho para duas pessoas — eu e o Eli. Eu e ele temos empresa juntos — o Babytube —, então acaba que uma rede de apoio é muito importante. Eu falo que toda mãe deveria conseguir ter uma babá porque maternidade não é fácil e a paternidade também não é. Então, vamos ter, sim, babá, com certeza, para ajudar a gente. Mas, no início, a gente quis viver intensamente para aprender tudo e se sentir mais seguro com a nossa filha, além de criar esse laço, esse afeto com ela.

C: Você já conseguiu ter momentos para você?
VT: Já consegui ter momentos sozinha, sim. Lua dorme bem. A única coisa ruim são as cólicas, que dá muita dó, mas sempre que ela está descansando, eu encontro meus amigos, que já vieram aqui em casa. Foi muito gostoso, fizemos um "chazinho da tarde". Eli e eu assistimos filme juntos, comemos japonês, então, sim, temos momentos — claro que são mais curtos, mas é legal porque a gente acaba valorizando mais esses momentos. É muito importante lembrarmos da gente, ter momentos nossos, eu quero ver com minha mãe se no dia dos namorados, eu consigo ter um momento com o Eli — de sair para um restaurante — e ela cuidar da Lua por um tempinho. É importante para a gente não abandonar a nossa relação como homem e mulher.

C: O que tem sido mais desafiador na maternidade?
VT: Acho que são as fases. Nesse momento, é desafiador não saber o que a minha filha está precisando. Ela chora e, às vezes, você acha que é cólica; às vezes, acha que são gases; outras vezes, pensa que é fome; e, às vezes, você pensa que pode ser outra coisa que nem você sabe o que é... Então, é "um dia de cada vez". Tem dias que são muito cansativos, que ela não vai conseguir dormir, que você não vai conseguir trabalhar ou fazer o que programou para aquele dia; e vão ter dias que serão maravilhosos, não vão ter problema nenhum, vai ser supertranquilo, você vai dormir superbem. Então, o mais desafiador é encarar um dia de cada vez. Eu sempre fui uma pessoa de rotina, de planejar cada dia da semana e, com a maternidade, com a minha filha, não é bem assim. Você tem que respeitar o tempo dela, o horário dela, o sentimento dela.

C: Eliezer tem participado da rotina de Lua?
VT: De todas as formas possíveis! Eu acho isso muito especial — ele realmente encarar a paternidade de uma forma 50/50 com a maternidade. Claro que a mãe é protagonista nisso junto com o filho, pois tem a questão da gravidez, da amamentação, que é muito difícil. A criança sente seu cheiro, identifica você, é bem diferente, porém, ele nunca desistiu e isso nunca impediu ele de ter uma boa relação com a filha. Ele sempre ficou muito com ela, desde o início — ninando, dando carinho para que ela acostumasse com o colo dele, com o cheiro dele, com a voz dele, desde a barriga falando muito com ela pra acalmar. E agora, que nós dois estamos trabalhando intensamente, revezamos bastante. Logo vamos ter uma babá para ter uma rede de apoio porque é muita coisa para duas pessoas, mas ele sempre está comigo em tudo — se eu preciso gravar um trabalho, ele tá com ela, se ele tem uma reunião, eu pego ela... e até quando eu estou amamentando, ele está ali me assistindo, enfim, ele é muito parceiro. Em todas as formas que você imaginar, ele está presente.

C: Qual foi o maior aprendizado que a maternidade trouxe para você até agora?
VT: Eu que um dos maiores aprendizados foi sobre a minha independência. Eu sempre fui uma pessoa muito independente, muito mimada pela minha mãe, sempre fiz as coisas na hora que eu quis, do meu jeito... e agora que eu tenho uma família — não só a Lua, mas também o Eli —, eu consigo ver como é gostoso ter esse sentido na vida, como a família faz bem. Eu sempre quis ser mãe, mas nunca imaginei o quanto desafiador seria ter alguém dependendo de mim 24 horas por dia. Então, o que eu mais aprendi foi aprender a delegar funções pra ter ajuda, saber esperar — o que não deu pra fazer hoje deixar pra amanhã —, aprender que nem tudo vai ser como antes e isso é um aprendizado muito bom pra mim. E também aprendi o que é o amor de mãe e filha e, com isso, aprendi a valorizar mais o amor da minha mãe. Aprendi o valor da família, o sentido de ter uma filha, aprendi que agora tenho uma família e pessoa que sempre estarão comigo e que eu posso contar.

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