Um desfile de alta costura que deu destaque para um bebê robô nesta segunda-feira (22), durante a Semana de Moda em Paris, provocou controvérsia nas redes sociais. O acessório reluzente, usado no quadril pela modelo Maggie Maurer, que vestia roupas brancas, fazia parte de um look chamado de “a mãe”. Mas o que ele significa? Na web, usuários se dividiram em relação ao objeto com alguns o considerando ofensivo, enquanto outros defenderam a criatividade de seu autor.
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Confeccionado pela grife Schiaparelli, o bebê robô foi feito com painéis eletrônicos prateados e verdes, placas de circuito incrustadas de pérolas, cabos quebrados, fios e milhares de cristais Swarovski brilhantes. Em nota, o diretor criativo da grife francesa, Daniel Roseberry, conhecido por explorar o DNA surrealista da marca em seus desfiles, explicou os fatores que inspiraram a coleção deste ano. “Esse desfile oferece uma série de perfis, tanto familiares, como não familiares – parte humanos, parte outra coisa. E, portanto, totalmente Schiaparelli”, disse o americano. “Atualmente, a tecnologia com a qual cresci é tão antiquada que é quase tão difícil de obter quanto certos tecidos e enfeites vintage”
Em uma prévia do desfile, Roseberry disse, ainda, que o bebê robô era uma homenagem à Ripley, personagem que tem um filho alienígena nos filmes 'Alien’.
Nas redes sociais, porém, nem todo mundo aprovou a ideia. A postagem compartilhada no Instagram pela grife Schiaparelli com fotos do look “a mãe” recebeu centenas de comentários, entre elogios e críticas. “O que isso deveria alcançar?”, questionou uma usuária. “Estamos agora promovendo a Inteligência Artificial como uma forma de ter bebês e substituir crianças reais? Absolutamente desagradável! Isso não é o futuro, isso está promovendo a extinção da humanidade”. E outra criticou: “Nojento. Crianças não são acessórios nem moda”.
Também houve, porém, quem defendesse o criador do acessório. “Que incrível!”, escreveu uma usuária. “Pelo que entendi, o bebê robô representa o quanto todos nós nos preocupamos com a tecnologia. Por exemplo, nossos celulares ou mesmo laptops, que carregamos como se fossem nossos preciosos bebês e nos estressamos e entramos em pânico para não os deixar cair ou se machucar. A arte tem tudo a ver com o seu ponto de vista e essa é a minha interpretação”.
