Saúde & bem-estar
 

Por Crescer Online


Desde 2010, o teste de HIV é obrigatório durante o acompanhamento pré-natal pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Todas as grávidas devem fazer o exame logo na primeira consulta e, depois, de novo no último trimestre. E é justamente nesse momento que muitas mulheres são pegas de surpresa com um resultado positivo para o vírus.

Mulher fazendo ultrassom durante pré-natal — Foto: Freepik
Mulher fazendo ultrassom durante pré-natal — Foto: Freepik

Novos dados divulgados pelo Ministério da Saúde mostram que 36,6% das gestantes com HIV só descobrem que convivem com o vírus depois de fazerem os exames no pré-natal. Ou seja, se não fosse o acompanhamento durante a gravidez, talvez elas demorassem ainda mais para ter essa informação.

Mesmo que muitas recebam o diagnóstico só depois de grávidas, essa não é a realidade da maioria. Desde 2016, o Brasil vive um cenário em que a maior parte das mães com HIV já sabe sobre o vírus antes mesmo de engravidar. Segundo o último Boletim Epidemiológico de HIV/Aids, 57,4% tinham realizado o diagnóstico da infecção antes do pré-natal em 2021.

“Após mais de 30 anos de epidemia, finalmente estamos conseguindo detectar melhor os casos de HIV, com diagnósticos prévios a futuras gestações, assim como empoderar as mulheres soropositivas quanto à segurança em gerar uma criança com risco mínimo de transmissão vertical do HIV caso o acompanhamento seja adequado”, afirma a infectologista Manoella Alves, do Centro de Educação e Pesquisa em Saúde Anita Garibaldi (RN).

Os riscos de uma gravidez soropositiva

Os números do Ministério da Saúde mostram que pelo menos 149.591 mulheres com HIV engravidaram no Brasil, entre 2000 e junho de 2022. Por mais que o teste positivo para o vírus exija alguns cuidados especiais, ele não é uma sentença de uma gravidez difícil.

(Foto: Pexels)
(Foto: Pexels)

“Se a gestante soropositiva fizer o tratamento antirretroviral e tiver um pré-natal de qualidade, os riscos são os mesmos de uma gestante que não tem o HIV, ou seja, ela poderia estar exposta a outros tipos de problemas não relacionados ao vírus, como gerar um bebê com uma má-formação, por exemplo”, afirma a ginecologista Maria Luiza Bezerra Menezes, especialista em doenças infectocontagiosas e membro da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).

A maior preocupação com uma gestante com HIV deve ser impedir que ela transmita o vírus para o bebê. E isso pode ser feito com acompanhamento médico adequado e tratamento com terapias antirretrovirais (TARV). "No começo da epidemia, um em cada quatro bebês de mães soropositivas se contaminava. Hoje, menos de 1% das crianças se contaminam, quando a mulher segue todas as medidas recomendadas na gestação", explica a infectologista Denise Peluso, do Ambulatório de Pediatria do Instituto de Infectologia Emilio Ribas (SP).

Por isso mesmo, quanto antes vier o diagnóstico, melhor. "O momento da evidência laboratorial da infecção pelo HIV em gestantes é muito importante para que as medidas de prevenção possam ser aplicadas de forma eficaz e consigam evitar a transmissão vertical do vírus", diz o Boletim do MS.

A importância dos testes de HIV no pré-natal

Não foi à toa que o SUS incluiu o teste de HIV como exame obrigatório durante o pré-natal. Fazer um acompanhamento periódico deveria ser rotina para todas as mulheres sexualmente ativas, mas esse rastreio se torna ainda mais importante na gravidez.

Na gestação, o ideal é que o teste seja repetido pelo menos três vezes, uma a cada trimestre. "O fato de uma mulher ter o exame inicial negativo não exclui o risco de que ela possa ter um outro exame positivo mais para frente. Ela pode se infectar na gestação e levar até 3 meses para positivar. Por isso é tão importante fazer sexo seguro, com preservativo, mesmo durante a gestação e a amamentação", diz Sonia Maria de Faria, chefe do Serviço de Infectologia Pediátrica do Hospital Infantil Joana de Gusmão, referência na Grande Florianópolis (SC) no atendimento de crianças e adolescentes expostos ao HIV.

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