O pós-parto é um momento muito desafiador para as mulheres, que pode trazer uma série de dúvidas, principalmente para as mães de primeira viagem. Lidar com todas as mudanças fisiológicas do corpo e saber o que pode ou não ser feito com segurança logo após dar à luz pode causar insegurança, mas não deve ser motivo de crise.
De modo geral, segundo especialistas, o estado geral da mulher é o melhor parâmetro para determinar o que pode ou não ser feito no resguardo, ou seja, um período de cerca de 40 dias de recuperação, depois do parto. É importante avaliar cada caso em particular, principalmente para ações rotineiras, como dirigir. Afinal, está liberado para as mães andarem de moto nesse momento?
Pode andar de moto no resguardo do parto normal?
Segundo Fabiene Bernardes Castro Vale, professora adjunta da Faculdade de Medicina de Minas Gerais (UFMG) e presidente da CNE de Sexologia da Febrasgo, tudo vai depender se a mulher teve que passar por um procedimento cirúrgico ou não. "O corpo da mulher precisa de tempo para cicatrizar. Se ela não teve que fazer episiotomia, não tem problema. Nesse caso, uma semana depois já é vida normal", pontua. No caso de uma cesárea, por exemplo, não costuma ser permitido no primeiro mês, porque pode atrapalhar a cicatrização das suturas abdominais.
Entretanto, se a mãe estiver com laceração ou um corte na vagina que precisou tomar ponto, é necessário esperar os 42 dias de cicatrização, mesmo após um parto normal. "O próprio atrito com o banco da moto pode atrapalhar, a chance de infecção também é muito grande, pelo contato com a vagina também. Fora que a mulher sente dor e tem edema local", completa Bernardes.