Puerpério
 

Por Sabrina Ongaratto


Assim que uma mulher descobre que está grávida e durante toda a gestação, a preocupação com o enxoval — e com tudo o que o bebê vai precisar após o nascimento — é constante. Mas e ela? O que a mãe vai precisar após a chegada do bebê? Nesse caso, os profissionais que atuam na área da saúde são categóricos: "De uma boa rede de apoio, em primeiro lugar", afirma a pediatra Anna Bohn.

O puerpério dura entre 45 a 60 dias — inicia logo após a saída da placenta, durante o parto, e termina quando o corpo da mulher volta a ovular, fase seguida da menstruação. "É o período pelo qual o corpo da mulher passa por diversas transformações fisiológicas para voltar ao que era antes da gestação", explica a pediatra Elisabeth Canova Fernandes, pós-graduada em nutrição infantil. "Mas é preciso falar também sobre as mudanças psicológicas e emocionais pelas quais a mulher passa durante essa fase. Assim, o puerpério emocional é o termo que usamos para falar sobre as necessidades emocionais que ela tem durante esse período pós-parto. E os principais sintomas dessa fase são: insônia; ansiedade, cansaço, exaustão, medo de não dar conta das novas responsabilidades, redução da libido e muitas oscilações de humor", alerta.

O que a mãe precisa no pós-parto? — Foto: Pexels
O que a mãe precisa no pós-parto? — Foto: Pexels

Rede de apoio, em primeiro lugar

Segundo a médica, ainda durante o puerpério, a mulher pode apresentar sinais de baby blues (sentimento de tristeza que costuma estar ligado às alterações hormonais próprias dessa fase) e depressão pós-parto. "À medida que a rotina com o bebê vai se estabelecendo e as mudanças corporais se estabilizam, a tendência é que essa angústia diminua", tranquiliza. Mas, e até lá? "Até lá, a mãe no puerpério precisa de muita rede de apoio. E não só família, pode ser amigas próximas, madrinha, vizinhas e quem puder ajudar em casa e com o bebê. Esse é o 'item' mais importante do puerpério, pois vai ajudar a mãe a manter uma alimentação balanceada e saudável durante o dia, nos afazeres da casa, nos cuidados com o bebê e permite que a mãe tenha alguns momentos de descanso, como sonecas durante o dia ou um banho relaxante", continua Elisabeth.

Para Katherine Sorroche, psicóloga do puerpério, buscar informação sobre o puerpério antes do nascimento do bebê também contribui para que ela passe pelo período da melhor forma possível. "Compreender as mudanças físicas e emocionais que acontecem com ela, bem como as necessidades físicas e emocionais do bebê, certamente contribuirão para que a travessia do puerpério seja mais leve", diz.

"No período logo após o parto, o corpo da mãe está desajustado, ou seja, ela está com déficit de vitaminas, minerais e nutrientes e os hormônios também estão desregulados. De imediato, ela precisa de uma boa suplementação, hidratação, alimentação saudável com bom aporte nutricional (grãos, proteínas, legumes e verduras) e sono reparador, pois ainda que haja privação de sono, é vital que ela durma mesmo que em períodos mais curtos. Emocionalmente, o que ajudará essa mãe a se ajustar e se adaptar a essa nova fase da vida é ter condições de se preocupar principalmente com o bebê. Logo após o nascimento, o principal desafio é o estabelecimento da amamentação. É importante que essa mãe esteja livre de preocupações, como com a rotina de organização e limpeza da casa", continua.

Cinthia Calsinski, enfermeira obstetra e consultora internacional de amamentação, completa: "A mulher precisa de apoio. O puerpério é o momento de maior vulnerabilidade na vida uma mulher. A rede de apoio deve estar atenta as necessidades dela, da casa e dos filhos mais velhos. Na maior parte das vezes, ela não quer alguém para ajudar a cuidar do bebê, ela quer poder cuidar do bebê sem preocupações ou distrações do dia a dia".

Por outro lado, segundo a psicóloga, contar com uma rede de apoio não é garantia de bem-estar emocional e psicológico. "Muitas vezes, a presença de muitas pessoas em casa ou de pessoas específicas, cuja relação não seja tão boa, pode mais prejudicar do que ajudar emocionalmente", destaca.

Fase intensa

A psicóloga Katherine ressalta que o puerpério é o período em que mãe e o bebê estão se conhecendo e construindo uma nova relação, imersos ainda em idealizações e expectativas que podem resultar também em frustrações difíceis de lidar. "São muitas mudanças, adaptações, emoções e pensamentos desconhecidos. Por isso, também é importante um apoio profissional. Ter um espaço de escuta imparcial para poder falar sobre suas dúvidas, desafios, aflições e estranhamentos é fundamental para manutenção da saúde mental e do bem-estar emocional após o parto. A maternidade demanda não só um ajuste de rotina para a vida com filhos como também traz um desgaste emocional intenso, principalmente nos primeiros meses até pelo menos dois anos após o parto", conclui.

Itens que facilitam a rotina

Na prática, além da rede de apoio, que é fundamental, a puérpera também pode investir em roupas confortáveis e práticas e sutiãs para amamentação, que facilitam o processo para quem estiver amamentando, pontua Anna Bohn. "Cuidado com roupas apertadas na região dos seios, pois podem predispor mastite ou atrapalhar a produção de leite. Comprar antecipadamente pode ser arriscado, pois são poucos os produtos que todas usam. Mas, de forma geral, os itens que auxiliam no processo de amamentação costumam ser importantes para a maioria", afirma a pediatra.

Segundo a médica, as pomadas para fissura mamária e os dispositivos para coletar leite durante aleitamento estão entre os itens mais usados. "Mamadeira e chupeta não são indicados no início para não atrapalhar a amamentação. Bombas de ordenha podem ser alugadas por períodos curtos. Itens como bico de silicone e absorventes de seio não devem ser utilizados sem orientação, pois possuem outros riscos que devem ser avaliados junto ao médico", orienta a pediatra.

"No quarto do bebê é interessante ter uma poltrona de amamentação e uma almofada para amamentação para tornar esse momento mais confortável e aconchegante para ambos. Outro item que é bastante utilizado é o sling, que ajuda a carregar o bebê junto ao corpo da mãe e pode ser utilizado desde o início. Dessa forma, a mãe tem mais liberdade para fazer outras tarefas enquanto aconchega seu bebê", completa.

E Elisabeth finaliza com uma dica importante: "Tanto a mulher como a rede de apoio devem estar atentas a qualquer sinal de que a saúde e o estado emocional da nova mamãe não estão bem. Nesse caso, é importante buscar auxílio médico especializado".

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