Uma garotinha de apenas seis anos passou por um verdadeiro pesadelo após ser atacada por um grupo de cachorros na Inglaterra. Amelia Bird foi encaminhada para uma unidade de saúde com o rosto e o corpo cobertos por mais de 30 ferimentos. Hoje, com sete anos, a pequena voltou a sorrir e nem parece a mesma menina, que estava deitada em uma cama de hospital.
Um ano após o ataque, a mãe de Amelia, Jade Bird, conversou com o tabloide inglês The Mirror sobre os momentos angustiantes que passou ao ver sua filha deitada de bruços na rua. “Os médicos disseram que nunca encontraram alguém com mordidas de cachorro tão graves. Mesmo após a cirurgia, ela ficou com cicatrizes ao redor dos olhos, na pálpebra, que chamamos de arco-íris, ao longo do abdômen, das costas, nádegas, pernas e dos braços. Ela terá essas cicatrizes pelo resto da vida”, a inglesa lamentou. Além do abalo físico, a mãe destaca que a filha também ainda sofre com os danos psicológicos, não querendo, inclusive, estar perto de cachorros.
O ataque
O pesadelo da família começou em março do ano passado após sua mudança para um bairro em Carrington, em Manchester. Na ocasião, Jade estava grávida da sua terceira filha, Bonnie, e pensava que a área era perfeita para criar as filhas. No dia do ataque, Amelia e sua irmã, Lara, estavam brincando fora de casa. “Corri para baixo e para a rua e vi Amelia de bruços. Ela tem o cabelo mais lindo, loiro e encaracolado, mas estava espalhado por todo o chão. Os cães estavam todos em cima dela. Pensei que ela estava morta”, a mãe lembrou.
Jade encontrou a filha quase perdendo a consciência, mas ainda conseguiu ouvi-la dizer: 'Não, pare!'. “Por mais horrível que pareça, foi a melhor coisa que eu poderia ter ouvido naquele momento, porque soube que ela estava viva”, a inglesa revelou. Após ser encaminhada para o hospital infantil de Manchester, a garotinha passou por uma cirurgia plástica urgente e posteriormente precisou voltar para a sala de operação mais duas vezes.
Os cachorros pertenciam a Bernard Valentine, que foi acusado pela polícia de deixar os cães fora de controle em um lugar público. E essa não tinha sido a primeira vez que essa situação havia ocorrido. Em dezembro de 2022, os cachorros já tinham atacado um homem que passeava com seu dálmata. O réu foi condenado a 49 meses de prisão após se declarar culpado das acusações.
Para Jade, o ataque da sua filha poderia ser evitado se a polícia tivesse prendido Bernard antes. “[A polícia] está lá para proteger o público e falhou aqui. Eles colocaram minha filha em perigo”, disse ela. A conduta dos policiais segue em investigação, mas a Polícia de Greater Machester não quis comentar sobre o caso.