Mãe fala sobre sintomas da filha após infecção por Strep A: “Ficou inchada e não conseguia andar”

A pequena Nancie Rae, de 6 anos, precisou ficar internada e sua mãe viveu um verdadeiro pesadelo: "O preocupante é que eu não sabia o que estava acontecendo - eu estava olhando para ela pensando: 'vou sair sem minha filha'”, disse Kadie Dolphin

Por Crescer Online


A bactéria streptococcus A vem preocupando muitos pais no Reino Unido após ter provocado a morte de várias crianças. No caso da pequena Nancie Rae Dolphin, que mora na Inglaterra, seu quadro não evoluiu para o óbito, porém, a garotinha de 6 anos passou por momentos difíceis e ficou internada sem conseguir andar por um tempo, devido aos sintomas da doença, informou o The Sun.

A mãe da menina, Kadie Dolphin, de 37 anos, notou que a filha estava com os sintomas da infecção em 7 de novembro. A pequena ficou com os dedos e gânglios linfáticos inchados, caroços na garganta e suas pernas doíam. Ela também começou a reclamar de uma coceira na barriga e quando a mãe olhou parecia que a filha tinha sido picada por um mosquito.

Menina é infectada por bactéria — Foto: Reprodução The Sun

Na ocasião, Kadie deu um antialérgico para a menina. No entanto, na manhã seguinte, Nancie acordou com erupções cutâneas por toda a barriga. “Ela estava muito quente ao toque”, descreveu a mãe. Ao ir para o hospital, a paciente foi medicada e os médicos colheram amostras de sangue e de sua garganta para os exames. Logo depois, a garotinha foi diagnosticada com a infecção por Strep A.

"Ela havia perdido a capacidade de andar, todas as juntas estavam inchadas, ela estava completamente vermelha e ainda com febre alta. Foi quando eles fizeram uma amostra da garganta para Strep A”, relatou a mãe. Como os sintomas de Nancie foram identificados com antecedência, a menina fez o tratamento no hospital e após 48 horas começou a se recuperar. "Para uma criança de seis anos, ela é muito pequena de qualquer maneira e esta infecção afetou muito o seu corpo, mas ela está de volta”, afirmou a mãe.

Após passar por essa experiência, Kadie Dolphin, que tem mais quatro filhos, quer alertar outros pais sobre os perigos da infecção por esse tipo de bactéria, que deve ser identificada o quanto antes. "Os médicos disseram que o fato de ela ter sido detectada precocemente foi a razão pela qual ela ficou boa tão rapidamente”, disse a mãe.

Quando a filha começou a ficar doente, Kadie viveu um verdadeiro pesadelo. "Para ser honesta, fiquei absolutamente petrificada – no ponto em que ela começou a ficar muito ruim, não sabíamos o que era e parecia que demorou uma eternidade para descobrir o que estava errado”, lembrou ela. "O preocupante é que eu não sabia o que estava acontecendo, eu estava olhando para ela pensando: 'vou sair sem minha filha'”, desabafou.

Streptococcus A

Streptus A é uma bactéria conhecida como estreptococo do grupo A ou Streptococcus pyogenes, muito comum em humanos, no mundo inteiro. Muitas pessoas têm a bactéria, mas não desenvolvem nenhum sintoma. Outras desenvolvem infecção por streptus na garganta ou na pele. A bactéria também está relacionada à escarlatina, doença infecciosa que causa febre e erupções vermelhas na pele. Mais raramente, pode causar a chamada infecção invasiva por streptus do grupo A, conhecida como iGAS

Sintomas

Os primeiros sintomas da doença são febre, dor de cabeça e dores musculares, que podem ser confundidos com os sintomas de diversas outras infecções virais comuns. Por isso, em geral, o início do tratamento com antibióticos é adiado, já que, no caso de infecções virais, eles não são úteis e podem até ser prejudiciais. Segundo o NHS [sistema público de saúde do Reino Unido], as crianças também podem ter erupção cutânea, gânglios inchados, corpo dolorido e dores musculares severas.

Como a streptococcus A é transmitida?

A bactéria está presente na saliva e no muco nasal. Pode ser transmitida por gotículas ao espirrar, tossir e falar ou ao compartilhar objetos como copos e talheres, com uma pessoa infectada. As medidas de prevenção são as mesmas que já conhecemos e ampliamos, por conta da pandemia de covid-19: evitar compartilhar objetos de uso pessoal, usar máscaras, higienizar as mãos e as superfícies e manter o distanciamento social.

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