Quando nasce um bebê, nasce uma mãe... e um pai, que você não conhecia. Mesmo em casais que já tinham uma conexão grande antes da gravidez, nem sempre é fácil saber quais mudanças acontecerão com seu parceiro, diante de uma transformação tão intensa, quanto a chegada de um bebê. Uma mãe escreveu, em um desabafo anônimo postado no fórum Reddit, que criou uma ideia totalmente errada sobre a paternidade do marido – e não gostou nada da realidade.
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“Eu nunca disse isso a ninguém em voz alta antes, mas estou percebendo que simplesmente escolhi a pessoa errada para criar uma família”, disse ela. “Eu já estava com meu marido há uma década antes de termos filhos. Conhecia sua história, etc. Achei que nosso relacionamento de longo prazo e a forma que nos conhecíamos como casal eram suficientes. Aqui está um exemplo do tom tóxico de sua existência como pai: ele afirma que eu o forcei a ser pai, principalmente na segunda vez. Ele diz que não quer esta vida e que não quer ser pai”, relata. Bem, parece um pouco tarde, já que, pelo que ela conta, o casal tem dois filhos.
"Eu me sinto estúpida. Eu deveria ter previsto isso. Ele cresceu sem pai e a mãe dele morreu quando ele ainda era muito jovem. Ele tem tanta raiva e tantos traumas não resolvidos de seu passado, que isso afeta diretamente sua atitude em relação à paternidade”, analisa.
"Para dar um pouco de crédito, ele está fazendo terapia e indo atrás do que pode para resolver esses problemas. Mas isso não é suficiente. Há tão pouca alegria para ele em ser pai. Ele é adorável com nossos filhos no dia a dia e nosso mais velho o adora. Mas ele não consegue lidar com o lado difícil da paternidade e sou eu quem acabo tendo de manejar cada acesso de raiva, as batalhas na hora de dormir...”, exemplifica.
Ela aponta que, diferente do seu marido, teve um bom exemplo em casa, com pais que eram ótimos e se davam bem entre si. “Mas sinto que, na minha vez de encontrar um parceiro, falhei”, define. “Quero acreditar que vai melhorar quando acabar essa fase de criar filhos pequenos, mas não vejo como será, a menos que meu marido mude de tom”, completa.
Várias pessoas, nos comentários, aconselharam a mãe a não agir com pressa, mas que fosse realista. "Se eu estivesse no seu lugar, faria planos de longo prazo. Não planos apressados... Dê a ele uma chance de fazer terapia por um tempo. Mas dê a ele um prazo em sua mente. Se ele ainda estiver infeliz daqui a ‘x’ anos, é hora de seguir em frente", sugeriu alguém.
A mãe respondeu: “Sim, acho isso justo. Estou tentando ser paciente e compreensiva, no geral, mas acho que estou percebendo que não posso continuar assim indefinidamente. Com certeza é ótimo que ele esteja ‘fazendo o trabalho’, mas quando isso realmente se traduzirá em uma atitude melhor e aceitação/mudança geral em sua vida? E posso esperar tanto tempo?”
Outra pessoa compartilhou: “Estive na sua situação há cerca de 25 anos. Eu sabia que meu casamento não iria funcionar, obviamente não funcionou. Olhando para trás, meu filho está bem”.
“Eu sinto o mesmo. Meu parceiro até me disse 'você escolheu a pessoa errada'. Sou otimista e sempre espero que as coisas melhorem, apesar de continuamente se provar que estão erradas. Quando as pessoas lhe dizem quem são, ouça...", compartilhou outra mãe.
"O título descreve exatamente como estou me sentindo”, comentou outra mãe, que se identificou com a situação. “Eu amo o homem com quem tive filhos. Provavelmente não vou esquecê-lo por muito tempo. Eu amo meu bebê. Mas ter um filho com esse homem foi o pior erro da minha vida. Amo meu filho, mas gostaria que outra pessoa fosse seu pai”, compartilhou.
