Menina autista é presa por dizer a policial que ela parecia sua avó lésbica

O comandante do distrito de Leeds, chefe do departamento, Steve Dodds, admitiu em uma carta à família que a oficial feminina havia feito "comentários inflamatórios e inapropriados". Ele ofereceu um "sincero pedido de desculpas pela forma como a criança foi tratada", mas afirmou que a policial - cujo comportamento se tornou viral online após um vídeo do TikTok ser amplamente compartilhado - não enfrentaria ação disciplinar.

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A mãe da menina, que reside em Armley, Leeds, expressou sua frustração pelo fato de a policial ter evitado punição e não ter oferecido um pedido de desculpas pessoal. O incidente ocorreu em 7 de agosto do ano passado, quando a menina - que também sofre de escoliose devido a uma deficiência na coluna - foi levada para casa pela polícia após participar das celebrações do Orgulho Gay, em Leeds.

Ela estava presente com a irmã quando supostamente fez um comentário considerado 'homofóbico'. Segundo sua mãe, ela descreveu a policial como se fosse sua 'vovó lésbica'. A menina foi retirada 'aos gritos' por policiais e foi presa sob suspeita de 'crime homofóbico à ordem pública'.

As imagens do incidente, filmadas pela mãe da menina, viralizaram no TikTok, provocando uma reação indignada online, com críticas à agressividade dos policiais enquanto a adolescente se encolhia sob as escadas de sua própria casa. A adolescente, cuja mãe insiste que não é homofóbica, permaneceu sob custódia por 20 horas após o incidente antes de ser liberada.

O Chefe Superintendente Dodds declarou: "Os comentários não estavam de acordo com a conduta que espero dos policiais. Espera-se que os oficiais tratem todos os membros do público com respeito e cortesia. Lamento pela sua experiência neste assunto. Peço desculpas em nome da Polícia de West Yorkshire por este incidente e qualquer sofrimento causado."

Uma investigação conduzida pelo Gabinete Independente de Conduta Policial também concluiu que o agente não deveria enfrentar acusações de má conduta, embora tenha recomendado que o agente empreendesse uma prática reflexiva. O órgão de supervisão também solicitou o envio de uma carta de desculpas, mas a mãe da menina já expressou sua consternação por ela ter vindo da força policial e não diretamente da policial.

Ela comentou: "Foi relatado nas notícias que a policial havia se desculpado. No entanto, ela não se desculpou - acabamos de receber esta carta pedindo desculpas em seu nome. Estou desapontada por ela não ter sido punida e por não ter se desculpado conforme esperado."

Ela relatou como sua filha desenvolveu transtorno de estresse pós-traumático e ataques de pânico, intensificados em outubro passado, quando um segundo vídeo viralizou, mostrando um policial pulverizando spray de pimenta em uma multidão.

A mãe, junto com outros usuários das redes sociais, observou que a policial, presente no vídeo, parecia ser o mesmo que prendeu sua filha. Agora, ela está em contato com um advogado, considerando processar a Polícia de West Yorkshire pelo tratamento que sua filha recebeu.

Ela explicou: “Minha filha tem ataques de pânico quando avista uma viatura policial e se esconde em jardins e becos. Ela sofre de TEPT. Ela ligou para a polícia uma semana após sua prisão, dizendo: 'Não consigo lidar com minha vida. Não sei o que fazer. Tenho vontade de me matar'.

“Então, eles vieram e a prenderam novamente, embora ela estivesse calma quando chegaram. Eu disse a eles: 'Ela precisa ser levada para o hospital, não para uma cela da polícia'. “Mas eles não a levaram para o hospital. A prenderam por desordem pública, embora ela não estivesse fazendo nada de errado. Agora, não confio mais na polícia. Isso tem afetado minha filha e ela fica com medo da polícia, correndo para se esconder ao ver uma viatura policial."

A situação se agravou após a viralização do segundo vídeo, mostrando uma policial lançando spray de pimenta na multidão em outubro passado. A mãe acrescentou: “Fiquei indignada, pois mesmo durante a investigação em andamento, ela continuou trabalhando e acabou usando o spray de pimenta em todas aquelas crianças. “Minha filha ficou com medo de sair depois disso. Ela não é uma criança má e não teve problemas desde então. Em janeiro, o policial foi inocentado de má conduta no incidente envolvendo o spray de pimenta.