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Genevieve Meehan, uma bebê de 9 meses, foi encontrada irresponsiva na creche Tiny Toes, em maio de 2022. Os paramédicos foram chamados e tentaram reanimá-la, antes de levá-la ao hospital, mas a condição era irreversível e a menina acabou falecendo. Kate Roughley, 37, vice-gerente do estabelecimento, está sendo acusada de maus-tratos e homicídio culposo. Ela teria deixado a criança de bruços, bem enrolada e presa a um pufe por uma hora e meia.

Kate Roughley teria deixado a bebê presa em condições perigosas — Foto: Reprodução/ The Mirror
Kate Roughley teria deixado a bebê presa em condições perigosas — Foto: Reprodução/ The Mirror

O julgamento do caso foi aberto na terça-feira (16), na Corte de Manchester. O promotor Peter Wright KC disse aos jurados que amarrar uma criança a um pufeera uma "receita óbvia para o desastre" e que isso teria levado à morte da criança, devido a uma combinação de asfixia e fisiopatologia por estresse. Ele disse que a causa da morte de Genevieve não foi totalmente compreendida na época, mas a imagem ficou “muito mais clara” com o acesso às imagens das câmeras de segurança do quarto em que a bebê estava.

Kate, uma enfermeira qualificada, especializada em cuidados infantis, com 17 anos de experiência, era a cuidadora da sala do bebê e ficou responsável pelos preparativos para a hora do sono, no dia 9 de maio de 2022, quando a tragédia aconteceu. "Genevieve foi colocada para dormir no quarto de bebê por Kate Roughley, e a envolveu com tanta força que a criança ficou efetivamente incapaz de se mover”, descreveu o promotor. “A criança foi então colocada não de costas, mas de frente e, portanto, na realidade, e para todos os efeitos, de bruços. O risco de ser envolvido firmemente desta forma e não de barriga para cima, para um bebê tão pequeno, é óbvio, ainda mais quando descobrimos que ela não colocou Genevieve em uma cama ou colchão de dormir, mas em um pufe”, acrescentou.

"Como se isso não bastasse, Genevieve também foi amarrada de frente. O efeito óbvio de tal método de contenção em tal posição restringiu a capacidade de Genevieve de se mover ou respirar livremente”, disse o homem, ao júri. “Finalmente, foi colocado um cobertor sobre ela que a cobria praticamente da cabeça aos pés. A consequência inevitável disso era que ela não seria vista e também o aumento do risco de superaquecimento. Sem surpresa, Genevieve ficou angustiada com a forma como foi colocada, mas seus gritos foram ignorados e ela foi deixada firmemente enfaixada, contida e coberta nesta posição”, afirmou o promotor. Segundo ele, a pequena ficou praticamente imobilizada e de bruços das 13h35 às 15h12.

“Durante o período de uma hora e 37 minutos durante os quais Genevieve ficou incapaz de minimamente se mover, seus gritos e sua angústia, às vezes acompanhados de esforços para se mover ou se reposicionar, foram simplesmente ignorados. Qualquer nível de interesse em seu bem-estar foi esporádico e, na melhor das hipóteses, passageiro. O risco de asfixia e morte era sério e óbvio. Mesmo assim, Kate Roughley ignorou tudo isso e quando checou Genevieve com qualquer vago interesse genuíno em sua condição, já era tarde demais”, continuou.

"A ré tratou Genevieve de uma forma que todas as pessoas sóbrias e razoáveis ​​reconheceriam ser perigosa e, a menos que evitada, sujeitaria Genevieve ao risco de algum dano”, pontuou. “O risco de asfixia para uma criança deixada nesta posição e condição era óbvio para todos. A falta de qualquer monitoramento eficaz de Genevieve durante esse período simplesmente aumentou a chance do que era tão obviamente provável de acontecer, a menos que fosse evitado”, completou.

O promotor disse ainda que a principal preocupação da funcionária da creche era sua própria conveniência, e não as necessidades de Genevieve, filha de Katie Wheeler e de seu parceiro John Meehan. Imagens de câmeras de segurança, de 13h44 daquele dia, mostraram a vice-gerente verificando camas adjacentes antes de ir ao banheiro e dizendo a uma colega: “Ignore qualquer um, se eles começarem”.

Cinco minutos depois, Genevieve estava movendo a cabeça de um lado para o outro e levantando as pernas, segundo o The Mirror. O promotor Wright disse ao júri: “O que vocês verão é inteiramente consistente com uma criança cada vez mais exausta se debatendo desesperadamente para sobreviver”.

Genevieve continuou a se debater e a chorar nos minutos que se seguiram, enquanto a mulher colocava a mão direita em sua cabeça, mas “nada desta aparente angústia parece ter feito Kate Roughley responder”, disse o promotor.

Entre 14h10 e 14h12, choro e tosse podem ser ouvidos por vários segundos enquanto Kate caminhava até Genevieve e puxava o cobertor externo que cobria a cabeça da criança, disseram aos jurados. O choro e a luta continuaram até as 14h24, quando os movimentos finais das pernas de Genevieve podem ser vistos, enquanto a ré estava na área da cozinha. “Aproximadamente 10 minutos depois, por volta das 14h35 e às 14h41, Kate Roughley verificou outras crianças na sala, mas não Genevieve”. disse o promotor. “A triste realidade é que a essa altura ela, com toda a probabilidade, sucumbiu às tensões impostas ao seu corpo e à sua capacidade de respirar livremente, e foi asfixiada”, disse ele.

Em 5 de maio, Genevieve já havia sido colocada de bruços e amarrada a um pufe por quase duas horas, antes de Kate tirar seu cobertor e contê-la. "Pareceria, a qualquer observador casual, ser um gesto excessivamente abrupto e desprovido de qualquer grau de ternura ou carinho", observou o promotor. “A falta de afeto não é apenas visível, mas palpável”, afirmou. As coisas não melhoraram em 6 de maio, disse o promotor, quando a ré pode ser ouvida dizendo a Genevieve para "parar de reclamar" e mais tarde se refera ela como "estressada".

Mais tarde, quando confrontada com Genevieve chorando em um cadeirão, a cuidadora diz: "Genevieve, vá para casa. Você tem que falar tão alto e ser tão constante? Mude o disco”.

O "descontentamento" da ré continuou à tarde, quando ela disse: "Genevieve, vá para casa. Por favor, estou até pedindo com educação. Você está me deixando louca". "O que esse comportamento demonstrou... foi uma indisposição doentia e preocupante da parte dela em relação a Genevieve, que foi um precursor do que aconteceria em 9 de maio”, afirmou o promotor. “Sua hostilidade para com Genevieve foi tão ilógica quanto perturbadora", aponta.

Em um breve resumo do caso de defesa, Sarah Elliott disse aos jurados: “A morte de Genevieve foi um acidente terrível e inevitável e não foi causada por quaisquer atos ilegais de Kate Roughley. Fiquei com o coração partido pelo que aconteceu”.

A acusada trabalhava na creche desde os 18 anos, quando fez a primeira experiência de trabalho como parte de um curso universitário, disse o advogado. A defesa argumentou: “Além de seu treinamento universitário, tudo o que ela aprendeu sobre como cuidar de crianças pequenas e bebês ela aprendeu com as pessoas que trabalhavam lá e administravam a creche. Nesses 17 anos, Kate Roughley nunca teve problemas. Não houve reclamações sobre seu trabalho, na verdade, muito pelo contrário. O caso dela é que naquele dia terrível ela não fez nada diferente de qualquer outro dia. Ela cuidou dos bebês como fazia todos os dias de sua semana de trabalho. Ela dirá que cuidar de Genevieve não foi diferente de qualquer outra criança. Ela conseguiu cuidar de um grande número de crianças, muitas vezes sozinha, como sempre fazia de maneira prática, objetiva e atenciosa”.

Kate Roughley, de Heaton Norris, Stockport, nega homicídio culposo. O julgamento continua.

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