Uma menina com um QI de 161 está pedindo mais apoio aos alunos superdotados. Mahnoor Cheema, 17 anos, de Slough, disse que quando chegou à Grã-Bretanha, aos 9 anos, vinda do Paquistão, a sua escola recusou-se a deixá-la avançar um ano e seus professores tiveram dificuldade para acompanhá-la. Apesar de ter concluir rapidamente o trabalho de aula definido pelos professores da Escola Primária Colnbrook Church of England, em Berkshire, a adolescente disse que recebia "matemática extra" em vez de poder avançar para o próximo estágio de sua educação.
Cheema disse que a instituição também a colocou em um grupo criado para incentivar as crianças a fazerem amigos, onde fariam panquecas, disse ela ao The Times. A estudante tem um QI tão alto quanto o de Albert Einstein e está cursando 28 A-Levels [qualificações avançadas relacionadas à área de estudo que o estudante pretende cursar na universidade] depois de passar em 33 GCSEs [General Certificates od Secondary Education ou, como o próprio nome indica, certificados gerais de ensino médio].
Quando ela se mudou para a Langley Grammar School, alegou que o corpo docente tentaria desencorajá-la de fazer os exames GCSE. Eles afirmaram que ela estava sobrecarregada e tinha “olheiras”. Seus pais se envolveram para ajudar a filha, mas foram rotulados como "agressivos". A família disse que esperava mais das escolas secundárias, o que foi um dos motivos pelos quais regressaram ao Reino Unido.
Frustrada com a falta de compreensão, Cheema pede mais apoio aos alunos inteligentes nas escolas públicas de todo o país. “Sinto que estamos desperdiçando muito talento no Reino Unido”, disse ela ao canal. "Acho que há tantas crianças que tinham talento para fazer tanto, mas ele foi desperdiçado porque ninguém reconheceu seu potencial ou sabia o que fazer com ele." A aluna brilhante disse que conversou com outras crianças talentosas que também sentiam o mesmo. Ela acredita, portanto, que as instituições têm o dever de cuidar das crianças superdotadas, assim como aquelas com necessidades educacionais especiais recebem apoio extra.
Cheema disse que a matemática no sistema educacional britânico é “muito lenta”. Ela afirma também que as crianças do terceiro ano no Paquistão poderiam completar os testes aplicados a alunos de 11 anos na Grã-Bretanha. Ao longo de seu tempo na escola, a aluna disse que teve dificuldade para fazer amigos, pois achava difícil se relacionar com outras pessoas. Cheema lia filósofos como Platão e Sócrates, enquanto seus colegas gostavam de Diário de um Banana.
Ela obteve 33 noves em seus GCSEs, a nota mais alta que um aluno pode obter. Ela também prestou todos os exames de admissão para escolas em um raio de 32 quilômetros de onde mora apenas por um “desafio” e ficou em primeiro lugar em três condados. Ela também faz parte da Mensa, onde você só pode se qualificar para membro se obtiver uma pontuação entre os 2% melhores da população em geral em um teste de inteligência aprovado.
A sua família — que se mudou para o Reino Unido em 2006, vinda de Lahore, no Paquistão — consiste no pai, que é advogado, a mãe, que tem duas licenciaturas em economia, uma irmã de 14 anos, que é campeã nacional de matemática e também com um QI de 161, e o irmão Jibran, 9 anos, que já é pianista da quarta série. A adolescente agora está instalada e feliz na Henrietta Barnett School, uma instituição de ensino fundamental no norte de Londres, a 90 minutos de carro de sua casa. Ela ingressou em uma equipe de natação, gosta de andar a cavalo e vai a shows com os amigos.