Fique por dentro
 

Por Crescer Online


Logo após o nascimento, em janeiro de 2021, a pequena Isla Duffy, de Stockport, na Grande Manchester, Inglaterra, sofreu uma convulsão e, por privação de oxigênio, foi diagnosticada com paralisia cerebral. Por causa da condição, ela ficou incapaz de se comunicar verbalmente e teve sua mobilidade afetada. No entanto, hoje, dois anos depois, a menina está prestes a dar seus primeiros passos graças ao seu irmão Leo, de seis meses. Ela viajará para o Duke University Hospital, na Carolina do Norte, nos Estados Unidos, em agosto, para se submeter a um tratamento com sangue do cordão umbilical do irmão, que é rico em células-tronco.

Essas células são basicamente os blocos de construção do corpo, e podem ser usadas para tratar certos tipos de câncer, deficiências imunológicas e distúrbios genéticos. Espera-se que o tratamento possa ajudar Isla também, com pesquisas pioneiras nos Estados Unidos tendo encontrado alguns resultados promissores. Agora, os pais de Isla, ambos de 32 anos, esperam arrecadar R£ 25 mil (cerca de R$ 155 mil) para o tratamento e posteriormente a fisioterapia (confira a página de arrecadação aqui). Emily, gerente de projetos de um escritório de advocacia, e Sim, um corretor financeiro ficaram emocionados ao saber que sua filha se qualificou para o tratamento.

"Foi um enorme alívio descobrir que Isla se qualificou. Você precisa de pelo menos 50% de compatibilidade genética — e tivemos a sorte de saber que Leo era uma combinação boa o suficiente. Quando você tem uma criança com paralisia cerebral, você é informado de que não há tratamento ou cura, então acho que tenho grandes esperanças agora que finalmente há algo que podemos fazer. Um tratamento bem-sucedido pode permitir que ela se desenvolva rapidamente. Ela pode nunca ter conseguido falar, mas se o tratamento correr bem, há uma chance de que ela possa. Ela também pode aprender a andar muito mais rápido. Atualmente, Isla não pode sentar-se sozinha, rastejar ou andar", explicou a mãe.

Isla não fala ou anda — Foto: Reprodução/Metro
Isla não fala ou anda — Foto: Reprodução/Metro

"A paralisia cerebral a limita muito. Ela também não é verbal e tem suspeita de autismo, o que torna a comunicação com ela extremamente difícil. Ela adora livros, especialmente livros sensoriais, e adora brincar ao ar livre. Ela realmente adora acariciar animais como cães e brincar na água também. Ela só quer poder fazer o que outras crianças de dois anos podem fazer", disse. "Espero que o tratamento lhe dê um novo fôlego de vida, mesmo que pequenas coisas, como poder brincar com outras crianças e com o Leo. No início, ela não estava tão interessada em Leo, mas à medida que ele ficou mais velho, os dois começaram a brincar com os mesmos brinquedos e a virar páginas de livros que estão lendo juntos. Tem sido lindo vê-los se aproximando e, com sorte, o tratamento também ajude nisso", completou.

Sila tem 2 anos — Foto: Reprodução/Metro
Sila tem 2 anos — Foto: Reprodução/Metro

"No momento, não há cura para a paralisia cerebral", disse o pai. "Mas é a deficiência motora mais comum em crianças, afetando uma em cada 400 no Reino Unido. É um processo muito difícil e longo, levamos seis meses e muita sorte para nos classificarmos. Nos EUA eles são muito rigorosos em relação às correspondências — o tipo sanguíneo tem que ser compatível e a correspondência genética entre o doador e o paciente tem que ser próxima. Tínhamos isso em mente quando decidimos ter outro filho e, por isso, quando Leo nasceu, em novembro, fizemos questão de salvar o sangue do cordão umbilical dele. As células-tronco têm propriedades realmente regenerativas — você as lança no corpo de uma criança e espera que elas substituam, fixem e rejuvenesçam as células de seu corpo", continuou.

Leo, 6 meses, e Isla, 2 anos — Foto: Reprodução/Metro
Leo, 6 meses, e Isla, 2 anos — Foto: Reprodução/Metro

"A melhor parte é que nem é uma cirurgia assustadora ou extensa, é apenas administrada por gotejamento intravenoso na corrente sanguínea e leva apenas 20 minutos. Os efeitos podem ser incríveis. No caso da Universidade Duke, todas as crianças tiveram ganhos aumentados de movimento após o tratamento, e há relatos de crianças na Austrália que até conseguiram andar ou falar", finalizou.

Leo e Isla com os pais — Foto: Reprodução/Metro
Leo e Isla com os pais — Foto: Reprodução/Metro

Saiba como assinar a Crescer para ter acesso a nossos conteúdos exclusivos

Mais recente Próxima "Fiquei grávida quase ao mesmo tempo que a minha cachorra", diz mãe
Mais de Crescer

Infelizmente, a situação da advogada Marianne Bernardi de Oliveira, grávida de oito meses, não é algo isolado. Muitas gestantes já tiveram seus direitos negados no tribunal. Conheça as histórias!

4 casos em que advogadas grávidas tiveram prioridade negada em tribunal

“Não vou vencer o câncer, então quero aproveitar ao máximo a vida que me resta”

Mãe com câncer de mama terminal adota bebê de seis meses

Análise do fóssil encontrado na Espanha lança luz também sobre as origens da compaixão humana, já que, segundo o estudo, a família teria cuidado do menino, sem esperar nada em troca

Pesquisadores encontram ossos pré-históricos de criança de 6 anos com síndrome de Down

Apenas 1.500 casos foram notificados no mundo. O distúrbio apresenta sintomas variados, incluindo epilepsia e deficiência intelectual

Menino argentino é diagnosticado com doença raríssima

Médico culpa uma botão de metal do maiô pela tragédia

Menina de 13 anos é atingida por raio em praia e morre instantaneamente

Em um vídeo que viralizou nas redes sociais, a influenciadora Amber Henry contou os motivos que a fazem querer manter a filha por perto em lugares públicos

Mãe revela motivo polêmico pelo qual usa coleira na filha: "Fico mais bem humorada"

A verdadeira causa dos sintomas como nariz entupido e irritação nos olhos era muito mais séria

Mãe achava que menino tinha sintomas de rinite, mas ele morre meses depois, com doença grave

Axel Horgan, de dois anos, nasceu com uma rara condição genética chamada supercrescimento lipomatoso congênito - que pode resultar em anormalidades vasculares, espinhais, cutâneas, ósseas ou articulares. Entenda;

Criança nasce com doença rara que faz o pé 'crescer descontroladamente'

"Sinto que isso me torna uma má amiga ao dizer que ela não deveria dar esse nome ao bebê", desabafou a mãe. As pessoas ficaram divididas sobre se ela tem razão em se sentir irritada. Entenda;

"Minha melhor amiga vai ter um bebê e quer usar o mesmo nome do meu filho"

De acordo com pesquisa, dois terços das crianças usam roupas de banho perigosos que não podem ser vistas. Petição com mais de 2 mil assinaturas pede roupas de banho mais seguros. Entenda;

Ex-campeã de natação e mãe apoia campanha para impedir roupas de banho que podem aumentar o risco de afogamento