Segurança
 


Um dos principais temores dos pais é que os filhos sofram acidentes. Afinal, essas situações podem levar a desfechos trágicos. Infelizmente, os casos de acidentes envolvendo as crianças e adolescentes vêm crescendo no estado de São Paulo. É o que aponta um levantamento realizado pela organização Aldeias Infantis SOS. Em 2023, foram registradas 17.965 internações causadas por lesões não intencionais, entre as faixas etárias de 0 a 14 anos, contra 16.202 registros em 2022 — um aumento de 11%.

Elaborado pelo DataSUS, o estudo foi desenvolvido pelo Instituto Bem Cuidar, programa de gestão de conhecimento da Aldeias Infantis SOS, que analisou oito categorias de causas de acidentes. Destas, sete apontaram crescimento nas hospitalizações, com destaque para intoxicação (+ 23%), sinistros de trânsito (+ 13%) e afogamento (+ 13%). As outras causas em alta foram quedas (+ 11%), queimadura (+ 10%) e sufocação (+ 5%). “O quadro desenhado pelo levantamento é desalentador. Chama a atenção o total de acidentes provocados por motivo de queda: foram 10.244 ocorrências, ou 57% de todos os casos registrados. O dado repete padrão observado no levantamento de 2022, quando as quedas também lideravam as hospitalizações de jovens no estado paulista”, explica Erika Tonelli, especialista em Entornos Seguros e Protetores da Aldeias Infantis SOS.

Acidentes crescem na cidade de São Paulo — Foto: Rawpixel.com/ Freepik
Acidentes crescem na cidade de São Paulo — Foto: Rawpixel.com/ Freepik

Do total de ocorrências em 2023, as hospitalizações por conta de quedas lideram, representando mais da metade dos casos. Em segundo lugar, estão as internações por sinistros de trânsito (12%), seguidas pelos acidentes envolvendo queimaduras (9%).

Quanto à faixa etária, as crianças e adolescentes que mais sofreram hospitalizações por causa de acidentes, em 2023, tinham de 10 a 14 anos (6.036), e houve um crescimento de 10% nas ocorrências dessa faixa etária em relação a 2022. Por outro lado, o levantamento da Organização mostra que, no grupo de 5 a 9 anos, houve a maior variação no registro de acidentes – foram 6.187 novos casos de internações, ou um aumento de 13% em relação ao ano de 2022. “O período que compreende os 5 aos 14 anos é de maior autonomia e circulação pelos espaços comunitários e, na população que apresenta maior vulnerabilidade social, meninos e meninas dessa faixa etária são, muitas vezes, responsáveis pelo cuidado de irmãos e irmãs menores, fato este que os deixa mais propensos a acidentes. Deve-se atentar à necessidade de campanhas de conscientização da população sobre medidas de prevenção de acidentes também nessas faixas etárias”, destaca a especialista.

Além disso, aumentaram os acidentes com crianças de 1 a 4 anos, um total de 4.584 casos (+10%), e também com menores de um ano, que somaram 1.158 casos (+8%). “Nos casos de sufocação ou engasgo, a hipótese é que, durante a fase de aleitamento e da introdução alimentar, o uso de telas nas horas das refeições ou realização da alimentação em movimento não permita a correta mastigação. É importante destacar a necessidade de conhecimentos de primeiros socorros pelos cuidadores, educadores e familiares, além das medidas de prevenção de acidentes”, alerta Erika.

Mortes por acidentes

Entre 2021 e 2022, o levantamento ainda observou um crescimento de 10% no número de mortes de crianças e adolescentes causadas por acidentes, passando de 445 para 488. O maior número de óbitos ocorreu entre menores de um ano (40%). Já a principal causa de mortes em 2022 foi sufocação, responsável por 230 casos (47%), representando um salto de 31% em relação ao ano anterior.

Brasil

Quanto ao território nacional, o levantamento aponta que os acidentes de crianças e adolescentes cresceram quase 8% na comparação com o ano anterior, sendo o maior número desde 2019, período pré-pandemia. Em 2023, foram 119.245 internações causadas por lesões não intencionais, entre as faixas etárias de 0 a 14 anos, contra 109.988 registros em 2022.

Segundo cálculo da Organização, a cada hora, cerca de 13 crianças são internadas por lesões não intencionais, sendo que 90% dos acidentes poderiam ser evitados por meio de ações simples de prevenção e cuidado qualificado.

Em relação aos óbitos, entre 2021 e 2022, o levantamento mostra uma queda de 1% no número de mortes de crianças e adolescentes causadas por acidentes, passando de 3.275 para 3.237. O maior número de óbitos se deu entre crianças de 1 a 4 anos (31%). A principal causa foi sufocação, responsável por 986 casos, sendo que, desse total, 765 (77%) envolveram menores de 1 ano. Segundo a organização Aldeias Infantis SOS, os dados também indicam que nove crianças morrem todos os dias por causas de acidentes que poderiam ser evitados em 90% dos casos.

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