• Karina Hollo e Lívia Rosa
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Para evitar intoxicação alimentar, é importante manter os alimentos bem conservados (Foto: Imgorthand/Getty Images)

Intoxicação alimentar (Foto: Imgorthand/Getty Images)


O QUE É: Doença gastrointestinal provocada pela ingestão de alimentos contaminados por micro-organismos, como bactérias, vírus ou parasitas. “Hugo, aos 8 anos, teve uma intoxicação alimentar durante uma viagem. Ele comeu um pirão num restaurante e seguiu dois dias vomitando e com diarreia”, conta a mãe, a pedagoga Roberta Carletti Mraz, 41 anos.

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SINTOMAS: Cólicas, diarreias, náuseas e vômitos.

TRATAMENTO: Garantir a hidratação – pois o maior risco da intoxicação alimentar é que a criança fique desidratada por conta da diarreia. Além disso, manter o repouso gástrico com uma alimentação leve é essencial. Para isso, de acordo com a nutricionista materno-infantil Marina Campos (SP), o consumo das fibras dos alimentos deve ser feito de forma branda. “Prefira verduras e legumes cozidos ou assados em vez de crus e evite gordura ou frituras”, diz. Se a febre persistir e não der sinais de melhora é necessária uma avaliação pediátrica. “Diante da suspeita de infecção por bactérias devemos prescrever antibióticos direcionados aos principais agentes infecciosos”, explica a pediatra Regina Grigolli Cesar, diretora clínica e pediatra do Sabará Hospital Infantil (SP). Segundo a médica, não existe exame que confirme a suspeita da infecção bacteriana.

PREVENÇÃO: Um novo biossensor que detecta ameaças bacterianas em alimentos e bebidas foi desenvolvido recentemente na USP, uma parceria do Instituto de Física de São Carlos (IFSC), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Ele detecta a presença de diferentes bactérias na carne, em peixes, vegetais, água potável, refrigerantes e sucos. Mas isso ainda é algo para os laboratórios trabalharem. Segundo a nutricionista Alessandra Coelho Rizzi, do Sabará Hospital Infantil (SP), a melhor forma de prevenir a intoxicação alimentar é higienizar bem os utensílios e alimentos, mantendo-os sempre em temperatura adequada. Marina Campos complementa: “A higienização dos alimentos crus pode ser feita com uma solução com hipoclorito de sódio, em concentrações adequadas, por 15 minutos. Além disso, sempre observar, na hora da compra, se o alimento está em boas condições e tem procedência confiável”, alerta.

Segundo uma pesquisa divulgada em fevereiro deste ano pelo Ministério da Saúde sobre o perfil epidemiológico de Surtos de Doenças Transmitidas por Alimento (DTA), em 2018 foram contabilizados 503 surtos de DTA, com registro de 6.803 doentes, 731 hospitalizados e nove óbitos. E dentre os alimentos suspeitos identificados, a água foi o mais comum.


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