Saúde
 

Por Giovanna Forcioni


Ao perceber que a criança está com febre, a maioria dos pais corre logo para dar um remédio antitérmico para o filho. Segundo uma pesquisa feita pela Universidade de Michigan (EUA), é isso o que fazem pelo menos 65% das famílias. Os cuidadores se sentem confiantes o suficiente para medicar o pequeno, antes mesmo de consultar o pediatra.

Mãe dando remédio para a filha doente — Foto: Freepik
Mãe dando remédio para a filha doente — Foto: Freepik

Dá para entender a ansiedade em tentar resolver logo o problema. Febre pode ser desde o sintoma de uma virose simples até um sinal de algo mais grave. Acontece que o antitérmico não deveria ser usado de forma tão corriqueira assim.

O remédio ajuda a tirar o mal-estar e a dar um conforto para criança, é verdade. Mas seu uso sem necessidade ou de forma equivocada pode mais atrapalhar do que ajudar. "Os antitérmicos estão entre os fármacos mais utilizados em crianças febris, com ou sem prescrição médica, e são comumente causa de intoxicações, em geral por erro na administração de dose ou intervalo, ou por interação medicamentosa", explica a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

Consulte o pediatra sempre

Para evitar o risco de intoxicações e efeitos colaterais, o melhor é sempre conversar com o pediatra antes. Nunca automedique sem orientação. Assim que confirmar a febre, você já pode avisar o médico e mandar uma mensagem perguntando como agir. Mais do que ninguém, ele saberá dizer o melhor a ser feito.

Na maioria das vezes, é algo passageiro e que pode ser contornado em casa e sem pressa. O antitérmico, na verdade, serve mais para trazer um conforto extra para o pequeno, mas ele não precisa (e nem deve) ser o primeiro recurso a ser usado.

Se perceber que seu filho está mais quente que o normal, ofereça a ele bastante água, desagasalhe e espere 30 minutos. É o tempo, inclusive, que você precisa para tentar contato com o pediatra. Só depois disso, meça a temperatura de novo. "A maioria [das febres] desaparece sem medicação, somente com hidratação, assim como o motor do seu carro esfria quando colocamos água no radiador", explica a Sociedade Brasileira de Pediatria.

Atenção aos sinais

Mais do que ficar se preocupando com os números que aparecem no termômetro, o importante mesmo é observar como a criança se sente e que outros sintomas ela está apresentando. "Acima de 37,8º podemos considerar uma criança febril, o que não quer dizer que temos que medicar", defende a SBP.

Menina tendo a febre medida pela mãe — Foto: Freepik
Menina tendo a febre medida pela mãe — Foto: Freepik

A recomendação é de que os antitérmicos só sejam usados se, além da febre, a criança também apresentar desconforto, como choro intenso, irritabilidade, falta de apetite... Se seu filho estiver com febre, mas continuar brincando, animado, não há por que dar o remédio. Agora, se ele estiver caidinho e desanimado, o antitérmico pode ser uma boa.

"Não são os números que determinam se a criança precisa ser medicada ou não. Ela só vai ser medicada se estiver com febre e se ela se mostrar abatida, desconfortável. Porque o remédio ajuda justamente a tirar esse mal-estar e a dar um conforto", explica a pediatra Denise Brasileiro, presidente do departamento de pediatria ambulatorial da Sociedade Mineira de Pediatria (SMP).

Não consegui falar com o pediatra... E agora?

Febre é um sintoma comum na infância e pode aparecer quando menos esperamos. Por isso mesmo, é melhor se precaver e estar preparado. Nem sempre sabemos ler corretamente os sinais que a criança dá e nem sempre conseguimos falar imediatamente com o pediatra de confiança.

Neste contexto, a dica é: numa consulta de rotina qualquer, já peça para o médico explicar qual deve ser a conduta da família caso a criança apresente febre. Não tenha receio de questionar e tire todas as suas dúvidas. Pergunte sobre quais sintomas merecem atenção, qual remédio é o mais indicado para o seu filho, como devem ser administradas as doses, quando é hora de parar com a medicação... Se possível, peça, inclusive, para o médico deixar essas orientações por escrito, junto com um receituário.

Essa preparação é importante para que você saiba como agir, caso seu filho apresente febre, indisposição e você não consiga entrar em contato imediatamente com o especialista. "Se não conseguir falar logo com o pediatra, a família pode, sim, já dar uma primeira dose do medicamento em casa, desde que tenha uma receita dizendo qual é o antitérmico indicado para a idade e qual é a dose certa a ser tomada. Não precisa sair correndo para o hospital, a não ser que a criança apresente sinais de gravidade", explica Denise Brasileiro.

Uma vez dado o remédio, é preciso ter paciência e esperar o medicamento fazer efeito. Observe como a criança se comporta e se ela já está se sentindo mais disposta ou não. Se não melhorar, agende uma consulta com o pediatra para as próximas 24 horas. E, se com o tempo aparecerem outros sintomas, como manchas na pele, palidez, dificuldade para respirar, vômitos e apatia, é hora de pegar as coisas é ir para o pronto-socorro imediatamente.

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