Um menino diabético, de 7 anos, vivenciou um momento difícil ao entrar na área de segurança de um aeroporto em Melbourne, na Austrália. O passageiro precisou remover o dispositivo que controla sua glicose para passar pela segurança. Angus Pidd estava voltando para sua casa, em Adelaide, com os pais, Carolyn e Michael, quando passou pelo scanner corporal e foi surpreendido, informou e emissora australiana 9Now.
Na ocasião, os pais de Angus tentaram explicar que o equipamento interfere no monitoramento da glicose sangue do menino. No entanto, mesmo após o apelo do casal, seu filho precisou remover a bomba de insulina e o monitor de glicose. “Certamente existem métodos alternativos, revistas, teríamos feito qualquer coisa, ele simplesmente não conseguiu passar pelo scanner corporal”, disse Carolyn. “Na verdade, eu implorei a ela [segurança], disse 'espero que você perceba que está colocando a saúde e a segurança dele em risco'. E simplesmente não havia empatia alguma", lamentou.
Quando entraram no avião, os pais de Angus tiveram que monitorar os níveis de açúcar no sangue do filho por meio do método de picadas na ponta do dedo. “Estou revoltada com a forma como fomos tratados, mas estou mais triste com a forma como isso o fez sentir”, disse a mãe. “Ele nos disse: ‘Vou morrer no avião se não tiver minha bomba?'”
A enfermeira Belinda Moore, que trabalha com pacientes diabéticos, disse que a experiência de Angus na segurança de aeroportos não é incomum.“Há algumas pessoas que ficaram tão traumatizadas que não querem viajar, estão com muito medo de entrar em um avião. As mensagens contraditórias causam confusão, frustração, estresse e angústia. E isso ocorre porque não temos um sistema em funcionamento. Cada aeroporto na Austrália está fazendo algo diferente", destacou.
Em comunicado ao 9Now, o aeroporto de Melbourne enviou a seguinte declaração
O Aeroporto de Melbourne lamenta a angústia vivida pela família envolvida nesta situação. Temos orgulho de oferecer um excelente atendimento ao cliente, mas reconhecemos que, neste caso, não atendemos às expectativas.
Os equipamentos e processos de triagem de segurança são regulamentados e prescritos para aeroportos individuais pelo Departamento de Assuntos Internos, portanto, às vezes, os processos podem variar.
Embora os avisos de triagem fornecidos pelo governo aos aeroportos sejam extensos, neste caso não ficou claro se o pedido permitia um método alternativo, o que levou a equipe a procurar aconselhamento e aprovação do Departamento de Assuntos Internos. Isso resultou em uma longa espera para a família.
Agora, o Departamento de Assuntos Internos forneceu orientações para futuras situações desta natureza para garantir um processo mais tranquilo. O Aeroporto de Melbourne reconhece a necessidade de melhorias e tem buscado ativamente feedback dos passageiros com necessidades de acessibilidade para ajudar a informar nossas ações para melhorar a experiência geral do viajante”.
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