Brincar com os filhos é sempre especial! Mas quando eles não conseguem brincar sozinhos e sempre precisam da companhia dos pais, pode se tornar um problema. Afinal, os adultos também precisam de tempo para trabalhar, cuidar da casa e descansar. Este é o desafio que Clícia Barcelos, mãe de Jordan, de 7 anos, enfrenta: “Eu não sei mais o que faço para o meu filho brincar sozinho. Ele só quer brincar se eu ou o pai estivermos junto. Alguma dica?”
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Para ajudar, a CRESCER conversou com mães que já passaram por situações como esta e com Elisabeth Hellen Pereira da Silva, psicóloga do Grupo Prontobaby, do Rio de Janeiro, que compartilharam suas soluções. Confira!
Dicas de mães
Estimulando os sentidos
"Passei por isso com o meu mais velho. O que funcionou por aqui foram as brincadeiras sensoriais, com caixa de papelão, tampinha de garrafa, livros interativos... Porque eram atividades que o desafiavam, exigiam concentração e atraíam o interesse dele."
Katiusse Florentino da Mota Domingos, mãe de Kael, 8, e Felipe, 10
Sempre por perto
"Costumo levar a minha filha para brincar no mesmo cômodo em que eu estou. Se estiver cozinhando, por exemplo, ela fica comigo na cozinha, perto de mim, mas brincando sozinha. Comecei com essa estratégia para trabalhar em home office e está dando certo."
Joyce Lopes Simões, mãe de Bárbara, 5
Um empurrãozinho
"Com a minha primeira filha, o que eu fiz foi tomar a iniciativa e dar o primeiro passo para que as brincadeiras começassem. Eu explicava como funcionaria a dinâmica e depois dava espaço para que ela seguisse sozinha, deixando a imaginação fluir."
Maíra Ferreira Leitão, mãe de Elisa, 9, e Manuela, 7
Hora marcada
"Comecei a reservar um espaço na rotina só para ficar com os meus dois filhos. Agora, eles já se acostumaram e sabem que sempre teremos um tempinho juntos, normalmente depois do jantar. Assim, aceitam brincar sem a gente em outros momentos do dia."
Natália Guedes Capell, mãe de Pedro, 7, e Isabela, 4
Palavra de especialista: juntos e separados
"Quanto menor a criança, maior será a sua demanda por atenção. É comum que, entre 3 e 7 anos, os pequenos tenham mesmo dificuldade de brincar sozinhos, porque ainda estão desenvolvendo a autonomia e a independência. Embora o brincar acompanhado seja importante, é preciso encontrar o equilíbrio. Se o seu filho só brinca quando está junto de um adulto, pode ser sinal de insegurança, apego, falta de criatividade e de repertório para inventar brincadeiras…
Algumas estratégias podem ajudar. Primeiro, reorganize sua rotina e reserve um momento para que vocês brinquem juntos. Uma outra dica é que vocês criem brincadeiras com as quais o pequeno possa se entreter mesmo sem companhia. Ofertar recursos sensoriais, como massinha de modelar, pode ser uma boa. Esse tipo de estímulo costuma chamar a atenção das crianças e turbinar a criatividade. A mudança de hábitos deve acontecer aos poucos. Que tal começar com comandos simples, pedindo que ele faça um desenho para presentear você ou os avós?"
Elisabeth Hellen Pereira da Silva, psicóloga do Grupo Prontobaby (RJ)
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