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Por Sanofi

A vacina é uma das maneiras mais efetivas de defender o organismo contra doenças imunopreveníveis (2). Para grupos mais vulneráveis, que têm o sistema imunológico ainda mais frágil, como os prematuros (nascidos antes das 37 semanas de gestação) e, sobretudo, os prematuros extremos (nascidos com menos 1 kg ou antes das 31 semanas de gestação), essa proteção ganha uma importância ainda maior.(3) “Esses bebês têm uma imaturidade do sistema imune, recebem menos anticorpos da mãe durante a gestação, podem não receber o leite materno, além de ficarem mais expostos a infecções durante a internação” (1), explica a neonatologista Lilian Sadeck, doutora em pediatria pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP) e secretária do Departamento Científico de Neonatologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). “Com isso, são mais suscetíveis e, daí, a importância de manter o calendário de vacinação dessas crianças atualizado” (1), reforça.

A maior parte dos anticorpos maternos é transferida ao feto depois das 34 semanas de gestatação, por isso, especialmente os prematuros extremos, podem não receber níveis importantes de anticorpos maternos(4). Além disso, o pequeno perde esse período em que permaneceria preservado do contato com agentes infecciosos externos, dentro do útero materno (4).

Ao longo destas semanas, ele também teria mais oportunidades para ganhar peso e tamanho, enquanto receberia mais anticorpos da mãe (4). No entanto, como nasce antes do previsto, fica “em desvantagem” porque, além de perder esses benefícios, ainda fica mais exposto a vírus e bactérias, no ambiente hospitalar (4).

O calendário vacinal dos prematuros

O esquema de vacinas dos bebês prematuros é bem parecido com o dos outros bebês nascidos a termo, ou seja, entre 37 e 42 semanas (5,6). Ao nascer, eles recebem a primeira vacina, que é contra a hepatite B (5). Para a BCG, que protege da tuberculose (2), é preciso esperar que atinjam o peso de 2 kg (5). Então, aos dois meses, assim como os nascidos a termo, eles precisam receber as vacinas recomendadas pelo Programa Nacional de Imunização e pelas sociedades médicas: contra o rotavírus, tétano, difteria, coqueluche ou pertussis, Haemophilus influenzae b, hepatite B, poliomielite e pneumocócica (5).

São diversas vacinas importantes, de uma só vez. Mas o bebê precisa levar todas essas picadas? A boa notícia é que não! “A grande vantagem é que, atualmente, existem as vacinas combinadas, que juntam várias doses em uma só aplicação” (6), afirma a especialista.

As Unidades Básicas de Saúde oferecem vacina combinada com proteção contra cinco doenças (6). Com uma só picada, é possível prevenir a criança contra tétano, difteria, coqueluche, hepatite B e Haemophilus influenzae b (6). Nesse caso, a criança toma três picadas: uma da combinada, contra as cinco doenças, além de uma da pneumocócica e outra da poliomielite (7).

Esse esquema deve ser repetido aos 2, aos 4 e aos 6 meses, segundo a especialista (6,7). Aos 3 e aos 5 meses, os bebês devem receber as vacinas meningocócicas.(6) Além disso, há a indicação para os prematuros receberem o anticorpo para prevenção contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), que pode levar a quadros como bronquiolite e pneumonia (5).

Há ainda a opção de uma vacina que reune seis doenças em uma única picada, equivalente às vacinas pentavente e contra poliomielite oferecida no posto de saúde.(7) A diferença é que essa vacina 6 em 1 esta disponível na rede privada e nos CRIE para prematuros que nasceram antes de completar 31 semanas gestacionais e com peso inferior a 1 kg.(3,7) À parte, é preciso tomar apenas a vacina pneumococica. (3,7)

Vale lembrar que as vacinas aprovadas são seguras, sejam as que estão disponíveis na rede pública, nos CRIE e na rede privada e importantes para a proteção de todos, evitando doenças, incapacidade e mortes por enfermidades preveníveis por vacinas. (8)

Papel dos CRIE na vacinação do prematuro

A vacinação específica para prematuros extremos – que nasceram antes completar 31 semanas e com peso inferior 1 kg – está disponível nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE), que faz parte do Programa Nacional de Imunização (PNI), do Ministério da Saúde.(3) “Os Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) são unidades de vacinação pública, vinculados ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) (3)”, explica a infectologista pediatra Sônia Maria de Faria, do CRIE Santa Catarina (SC). “A principal função é disponibilizar produtos especiais, como vacinas e imunoglobulinas, para indivíduos que necessitam” (3), pontua.

Entre eles, estão os bebês que nascem antes da hora. “Em especial, os prematuros extremos, definidos pelo Ministério da Saúde como aqueles que nasceram antes de completar 31 semanas gestacionais e com peso inferior a 1 kg (3). Os bebês prematuros têm indicação de receber vacinas especiais, preferencialmente combinadas acelulares numa única aplicação, pela maior susceptibilidade a infecções em função da imaturidade do sistema imunológico e pelo maior risco de eventos adversos pós-vacinação (3)”, explica a infectologista.

Para receber os imunobiológicos pelo CRIE, o bebê precisa ter uma prescrição médica, de acordo com as normas do Programa Nacional de Imunização (3). A aplicação pode ser feita em uma das unidades do CRIE ou nas Regionais de Saúde, depois de uma solicitação virtual, nos casos de municípios que não contam com os Centros. “Temos, atualmente, 52 unidades distribuídas no território nacional, sendo que cada estado da federação tem pelo menos uma unidade e cada uma delas tem suas particularidades. Em alguns estados, os funcionários do CRIE levam e aplicam o imunobiológico na maternidade. Em outros, a maternidade solicita o imunobiológico para o prematuro e providencia o transporte e a aplicação”, explica Sônia. “O prematuro que inicia esquema de vacinação especial na maternidade deve dar continuidade a este esquema no CRIE (3)”, complementa.

Vai doer muito?

O momento da vacina causa aflição aos pais. Eles sofrem com a possibilidade de os filhos sentirem dor ou incômodo. “É só a picada rápida na hora, que logo passa”, explica a neonatologista Lilian. Vacinar traz ganhos infinitamente maiores para o bebê, em comparação com aquele pequeno incômodo no momento. Afinal, cuidar da saúde do seu filho, desde o início da vida, é uma das mais importantes formas de carinho.

REFERÊNCIAS

1. Calendário vacinal do bebê prematuro, Departamento Científico de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) - https://www.sbp.com.br/especiais/pediatria-para-familias/vacinas/calendario-vacinal-do-bebe-prematuro/

2. Vacinação, em Biblioteca Virtual em Saúde, Ministério da Saúde - https://bvsms.saude.gov.br/vacinacao/

3. Manual dos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis, Coordenação-Geral do Programa Nacional de Imunizações - https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_centros_imunobiologicos_especiais_5ed.pdf

4. Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Jornal de Pediatria. Mussi-Pinhata, Marisa M. & Rego, Maria A. C.. Particularidades imunológicas do pré-termo extremo: um desafio para a prevenção da sepse hospitalar. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0021-75572005000200008

5. Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm). Calendário de vacinação SBIm Prematuro. Disponível em: https://sbim.org.br/images/calendarios/calend-sbim-prematuro.pdf

7. Ministério da Saúde e Secretaria de Vigilância em Saúde. Informe Técnico Janeiro 2021. Disponível em: https://sbim.org.br/images/files/notas-tecnicas/informe-incorporacao-penta-hexa-acelulares-210104.pdf

MAT-BR-2205957 | NOVEMBRO

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