Anna Holland achava estranho que seu bebê, Francis Oldham, de seis semanas dormisse tanto. Não era essa a fase da privação do sono? Além disso, ela começou a notar algumas manchas estranhas que tinham surgido em sua pele. Isso acendeu um alerta vermelho e ela achou melhor buscar ajuda médica. O menino, então, começou a ter febre alta e precisou ser levado ao hospital, perto de onde mora, em Walton, na Inglaterra.
![O pequeno precisa de um transplante de medula para sobreviver à leucemia — Foto: Reprodução/ Liverpool Echo](https://cdn.statically.io/img/s2-crescer.glbimg.com/neMbDsNNnS6pdGWAsGD15_MosKY=/0x0:810x539/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_19863d4200d245c3a2ff5b383f548bb6/internal_photos/bs/2023/f/1/aAPhD3SGGMBm16g9CQ1g/leucemia-manchas-bebe.jpg)
Inicialmente, os médicos acharam que se tratava de uma sepse, uma infecção generalizada que se espalha pela corrente sanguínea. No entanto, quando os resultados dos exames voltaram, no dia 9 de agosto, eles mostraram um resultado diferente: Francis tinha uma forma rara de câncer infantil: a leucemia mieloide. Quando a doença foi descoberta, o bebê tinha 15 semanas.
“Ele ia e vinha de consultas com médicos e hospitais porque ninguém tinha ideia do que estava acontecendo”, contou sua mãe, Anna, em entrevista ao Liverpool Echo. “Ele não tinha outros sintomas, só saíam marcas por todo o corpo, na cabeça e na barriga e elas apareciam e simplesmente desapareciam”, diz.
“Estávamos de férias e ele dormiu um pouco mais do que o normal, mas pensamos que era o calor. Ele era um recém-nascido, então não esperávamos nada diferente”, diz ela. “Mas uma semana antes do diagnóstico ele estava com muito sono e eu sabia que não estava bem. Fomos ao médico e disseram que ele estava com febre alta e precisava ir ao hospital. Suspeitaram de sepse, mas, quando ele foi fazer a punção lombar, viram as marcas e fizeram um exame de sangue", relata. Então, descobriram a leucemia e, agora, sua melhor chance de sobrevivência é um transplante. Mas ele precisa de um doador compatível e a mãe não tem medido esforços para encontrar um.
Anna apela para que as pessoas façam um teste para ver se são compatíveis com o filho dela - ou com outras pessoas que precisam urgentemente de um doador. "Por favor, faça o teste, você pode ser compatível, se não for por nós, então por outra pessoa. Isso salva vidas. Você não pensa nisso até estar nessa posição, mas um pequeno procedimento pode salvar uma vida”, implora.
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Agora, Francis está passando por um ciclo de 10 dias de uma exaustiva quimioterapia. Quando terminar, ele passará por uma segunda rodada. Depois dessa segunda, os médicos esperam que ele possa passar pelo transplante de medula, caso haja um doador compatível.
"Quando recebemos o diagnóstico ficamos arrasados. Mas ficamos felizes por ter respostas porque não sabíamos o que estava acontecendo com ele”, explica Anna. “Foi a pior notícia naquele momento. Sofremos porque ele é um bebê, mas precisa de positividade perto dele, então é preciso mascarar seus sentimentos. As mães têm esse instinto e, por isso, se você acha que algo está acontecendo, não pare, continue pressionando por respostas. Não pare até saber”, aconselha.
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