Depois da mamada, é fundamental mexer o mínimo possível na criança e deixar seu corpo elevado — de preferência de 20 a 30 minutos — para que o leite desça e se acomode no estômago. Uma boa dica, inclusive, é trocar a fralda antes de oferecer o leite, para evitar muita movimentação na sequência. Sobre a posição ao deitar, o corpo do seu filho deve ficar inclinado, de modo que a cabeça fique mais alta que os pés, em um ângulo de, no máximo, 30 graus, e sempre com a barriguinha para cima.
A gastroenterologista pediátrica Giovana Stival ainda explica que o ato do bebê engolir ar durante a amamentação pode aumentar a pressão no estômago, facilitando o retorno do alimento para o esôfago. Por isso, fazer com que o bebê arrote, sempre que possível, é uma medida importante para prevenir o refluxo. Contudo, é importante destacar que o bebê nem sempre engole ar ao se alimentar, portanto, não é necessário insistir excessivamente para que ele arrote.
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Refluxo em recém-nascidos
O mecanismo que devolve o alimento do esôfago para o estômago está em desenvolvimento no primeiro ano de vida. Por isso, o refluxo é mais comum em recém-nascidos. A válvula, que faz a passagem da comida de um órgão para o outro (o esfíncter do esôfago), fica mais tempo relaxada e facilita o retorno do que foi ingerido. A alimentação e a posição também influenciam. O bebê toma muito líquido e fica a maior parte do tempo deitado. Conforme a criança se desenvolve e ingere alimentos mais sólidos, o refluxo tende a diminuir.
