Amamentação
 


O leite materno é o alimento mais completo que existe para o bebê. Além de ser facilmente digerido, é rico em anticorpos, protegendo o bebê de várias doenças infecciosas, como diarreia, resfriados e alergias. No entanto, a amamentação ainda é cercada de muitos mitos, o que pode trazer algumas dúvidas para as novas mães. É comum ouvir que precisa amamentar o filho de 3 em 3 horas. Mas será que é verdade mesmo?

Amamentação: mãe amamentando o bebê — Foto: Freepik
Amamentação: mãe amamentando o bebê — Foto: Freepik

Não! O Ministério da Saúde incentiva o aleitamento materno em livre demanda, o que significa que o bebê escolhe quando e por quanto tempo mamar. "Não é preciso estabelecer um horário fixo, muito menos deixar o filho chorando. O ideal é amamentá-lo sem restrições de horários e de duração da mamada. O que vai determinar a frequência e a duração das mamadas é a fome do bebê", diz Paulo Telles, pediatra pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

Num geral, os bebês em aleitamento materno exclusivo mamam de 8 a 12 vezes por dia, nem sempre em intervalos regulares. "O bebê pode mamar pouco e acabar com intervalos menores, mas também pode mamar mais e conseguir intervalos maiores entre as mamadas", diz Telles.

No entanto, ainda segundo o especialista, é possível que, após estabelecer uma regularidade, as mamadas naturalmente passem a intervalar neste período, de 3 a 3 horas. Por isso é tão comum ouvir que este é o horário adequado. "Temos que deixar muito claro que isso é possível, no entanto, só deve ser respeitado se a demanda do bebê for assim, jamais forçar", destaca Paulo Telles.

Dessa forma, dê o peito sempre que o bebê pedir, sem se apegar a horários. "Não é tão fácil ter certeza que o choro do bebê se trata mesmo de fome ou algum outro desconforto. Na dúvida, sempre deve-se oferecer o seio. O seio acalenta, acalma, acolhe. Nem sempre vai ser fome, mas muitas vezes vai ajudar", orienta Cinthia Calsinski, enfermeira obstetra e consultora internacional de lactação.

Quanto tempo o bebê mama?

"Não existe tempo exato, é o tempo de cada bebê. Ele pode variar, mas com o passar do tempo cada mãe sabe quando seu bebê mamou bem, ou quando mamou pouco. Sempre comparando ele com ele mesmo! Existem bebês que mamam 10 minutos outros 30 minutos. E nem sempre mais tempo significa mais leite", ressalta Cinthia Calsinski.

Por isso, as mães não devem se preocupar com o período de cada mamada, a permanência do bebê na mama não deve ser fixa. "O tempo necessário para esvaziar uma mama varia muito para cada dupla mãe/bebê e, numa mesma dupla, pode variar dependendo da fome da criança, da idade, da força de sucção, do intervalo transcorrido desde a última mamada e do volume de leite produzido e armazenado na mama", explica Paulo Telles.

Também é possível que o tempo de mamada mude conforme o pequeno cresce e se desenvolve. "Bebês mais novos tendem a mamar por períodos mais longos, enquanto bebês mais velhos podem mamar mais rápido", afirma Rômulo Negrini, cordenador de obstetrícia do Hospital Israelita Albert Einstein. Isso porque a musculatura do pequeno vai se fortelecendo e ele vai aprendendo a mamar, tornando as mamadas mais fortes e efetivas.

Pode mamar os dois seios ou um só?

A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda sempre tentar oferecer os dois seios. "O bebê que deve decidir, conforme sua fome, se aceita uma ou duas mamas. Se a criança mamar bem os dois seios, tem muito mais chance de ficar bem saciada e conseguir descansar mais, aumentando o intervalo das mamadas", diz Telles. O importante é observar os sinais do pequeno. "Se ele mama e relaxa após um seio, está satisfeito e não precisa mamar o outro. Se ele sai do primeiro seio acordado, agitado, ofereça o segundo. A regra é não ter regras", acrescenta Cinthia Calsinski.

A importância da amamentação em livre demanda

"A amamentação em livre demanda é fundamental para garantir que o bebê receba o leite materno sempre que necessário para o crescimento e desenvolvimento. Isso também ajuda a fortalecer o vínculo entre mãe e bebê", diz Rômulo Negrini. Além disso, também traz ensinamentos para o filho. "É a livre demanda que ensina sobre fome e saciedade", diz Calsinski. "É ela que faz a produção se elevar no início da vida, nos primeiros meses, e diminuir após a introdução alimentar bem estabelecida. Ela é a base para uma amamentação bem sucedida", acrescenta.

Paulo Telles reforça que livre demanda não significa sofrimento nem maior dificuldade para a mãe. "O pediatra deve sempre incentivar, acompanhar e orientar muito bem para que as mamadas sejam o mais adequadas e efetivas, para que o bebê consiga criar uma rotina e, de forma natural, faça intervalos cada vez maiores entre as mamadas, deixando este lindo processo de amamentar menos cansativo e mais prazeroso para mãe", afirma. "O objetivo deve sempre ser um ciclo virtuoso, em que a mãe consegue descansar, se alimentar bem e se hidratar bastante, aumentando sua produção de leite", finaliza o especialista.

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