As doenças alérgicas são resultado de uma resposta exagerada do sistema imunológico, que confunde uma substância normalmente inofensiva — como alimentos, poeira ou pelos de animais — com patógenos, e tenta defender o alérgico contra essa suposta ameaça. As alergias mais comuns em crianças são rinite alérgica, asma, dermatite atópica e alergia alimentar.
“Doenças alérgicas são um dos principais motivos de procura de atendimento médico ambulatorial na faixa pediátrica e as alergias não controladas estão entre os principais motivos de internação hospitalar”, afirma o alergista pediátrico Tim Markus Muller, presidente do Departamento de Alergia e Imunologia da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP), ressaltando que, por isso, faz todo sentido tentar prevenir essas doenças.
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Mas será que é possível prevenir o surgimento das doenças alérgicas? Segundo o especialista, muito foi pesquisado neste sentido, mas, infelizmente, poucas intervenções tiveram resultados positivos, pois o surgimento de uma alergia é uma combinação de fatores genéticos com fatores ambientais. Sabe-se que, por exemplo, o aleitamento materno pelo maior tempo possível reduz o surgimento das alergias. Na introdução alimentar, a partir de seis meses de idade, recomenda-se oferecer todos os tipos de alimentos. Isso porque postergar a introdução de alimentos que são frequentes causas de alergia alimentar — como leite, ovo e peixes —, aumenta o risco de alergia. Além disso, o contato com animais, como cachorros, e com o ambiente rural, pode ajudar a diminuir o risco de alergias.
No entanto, uma vez que se desenvolveu uma alergia, evitar o contato com o agente causador pode ajudar a controlar os sintomas. De acordo com o médico, a residência deve ser mantida limpa, bem arejada, sem mofo, sem objetos que acumulam poeira. Uma vez identificado o alérgeno pelo médico especialista, em alguns casos, o agente causador pode ser removido, como, por exemplo, removendo um animal doméstico de dentro de casa ou não ingerindo um alimento específico.
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